quarta-feira, 31 de outubro de 2012

RETRATO



























Um sorriso explodindo
paralisado em meu olhar,

um retrato seu encontrado
em meio minhas bagunças diárias,

e só agora eu percebi a certeza,
você é uma linda garota que escapou de mim,

entre os anos que vivemos, algo não passou assim rápido,

olhando uma linda garota
tão charmosa no retrato,
eu sou mesmo um apaixonado,

linda garota,
eu sei que  você chora nas noites solitárias,
eu ainda vivo pensando em você,
vivo sonhando com você correndo pra mim,

eu vivi acreditando que não precisava de ninguém
mas sempre foi difícil encontrar os seus caminhos,
e só agora eu percebi a certeza,
você é uma linda garota que escapou de mim,

eu nunca quis deixar você ir,
mas me sinto um idiota nas horas
que lembro dos meus erros,

linda garota,
eu sei que você chora nas noites solitárias,
eu ainda vivo pensando em você,
vivo sonhando com você correndo pra mim,

dizem que o amor nunca acaba,
então linda garota corra pra mim,
eu estou procurando os seus caminhos.


LEANDRO OCSEMBERG











CILADA

















  

Deixe-me,

a sós de mim mesmo,
as lágrimas querem falar
o que os lábios não podem traduzir,

sua voz timbra solidão
cativada em pudor e desprezo,
e na imagem do abandono
resta-me, seu olhar em silêncio,

em tediosa ansiedade,
a terra estremece-me,
sem estrutura em meu íntimo,  

ao cântico de verbera natureza,
repugnante de sua frieza,
és abrangedora noite em frio,

desatinado como os ventos
em sua cilada de ardor,
solitário ao ar vagante como pétala de flor,

fazes de mim, queda livre se fim
nos riachos de seu amor.


LEANDRO OCSEMBERG





terça-feira, 30 de outubro de 2012

A EXPRESSÃO DO AMOR


























O sol dá o seu espetáculo,
em sua face cordial calorosa,
lágrimas arrastadas,
sentimentos vivos, vidas despojadas,

duvidoso e danificado,
uma visão na face estranha de um estranho,
na direção de lugar algum, cedo ou tarde,
percebemos tudo ao nosso redor,

as flores estão perecendo,
são dias deprimidos, e isso me faz deplorar,
todo o anseio que almejamos vive nos campos,
nas planícies de nossas concentrações,

por algum deslize, se quebra nas mãos,
cedo ou tarde, sem tempo para a ilusão,
como um garoto, o amor é tudo, sem importância no mundo,

em mãos abarrotadas de brilho,
as flores estão perecendo,
são dias infelizes, e isso me faz deplorar,

todo o anseio que cobiçamos vive nos picadeiros,
no deserto de nossa solidão,
eu experimento a distância embolsando a alma,
cedo ou tarde, sem tempo para a ilusão,

na lucidez de sua luz,
é difícil expressar como um garoto,
que o amor é tudo, sem importância no mundo.



LEANDRO OCSEMBERG

LÁGRIMAS DE SOLIDÃO























Quando a noite brilhar,
ardente em frio,
você pensará em mim,

quando a solidão
mostrar sua face,
e este outro alguém a deixar sozinha,

querida,
você  pensará em mim,
quando ver nos olhos dele
que o amor nunca existiu,

e tudo o que você queria, era estar comigo,

no outono, as folhas morrem,
as lágrimas são iguais no vento do desprezo,
quando o caminho se mostrar duvidoso,
querida, você procurará por mim,

quando você precisar de um abraço
e ele não puder segurar suas angustias,
você sentirá a minha falta,

no coração, vive a razão,
confundidos no olhar do medo,
e quando você chorar,

tudo o que você ira lembrar
era que eu apenas queria te fazer sonhar,
os rios secam, outrora mudam seu curso,
e quando ele não tiver mais olhos para você..

você ira chorar por mim.



LEANDRO OCSEMBERG

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

INCLINAÇÃO




















Voz silenciosa,
seu olhar esta ponderando comigo,

eu idealizo o seu sorriso,
longe de você,
é fácil abranger o escuro,

quando você me olha,
não há outro motivo para me despontar
que o amor é uma inclinação sem terminação,

e isso me deixa alucinado,
na verdade, te amar como você é,
para amar como você é,

eu apenas fechos os olhos e fantasio,

para conservar o sonho vivo,
não há outro motivo para me despontar
que o amor é uma inclinação sem terminação,

é um desenlace humano,
epilogo de atrativos,

eu te amo como você é,
e isso me deixa alucinado,
na verdade, te amar como você é,
para amar como você é,


seria melhor se só eu percebesse.



LEANDRO OCSEMBERG

INOCÊNCIA





















Eu continuo à procurando,
noite a dentro, dias a fora,
e toda  aquela rebeldia..
um pretexto de fuga,

as cortinas do palco estão fechadas,
sem poesia, sem dança ou rima,
é a vida que continua cantando,

perdida, vendida ou abandonada,
onde fostes parar inocência de vida?,
acalanto de doces palavras,

as cortinas do palco estão fechadas,
pintando sentimentos, contornando mentiras,
o escritor morreu nas linhas de sua fantasia,

uma estrela no céu,
brilhante e envenenada,
sobre a superfície da pele desumana,
deve ter sido alguma lágrima de Deus,

há uma causa justa para isto,
amor e ódio, eu acabei de morrer
perdido no contrato fantasiado de sofrer,

há uma causa justa para isto,
o diário do tempo está vazio,
o crucificado pode me responder,

toda  aquela rebeldia era um pretexto de fuga,
eu deveria ter amado mais,
além das noites quentes de minha desonra.



LEANDRO OCSEMBERG

ELA ME ENLOUQUECE















Sem trapos, e sem magia,
doce veneno de palavras
é o encanto da poesia,
veja linda guria,
o sol irá cantar novamente..

eu evito olhar,
eu evito falar, falar..

seus olhos, seu rosto,
sua pele, seu corpo,

ela me enlouquece,
ela me enlouquece,

você quer ser como o sol,
ou uma noite de inverno?,
é melhor você ousar
de se agatanhar no espinho da rosa,
os sentimentos são bem claros

eu não quero nenhuma ilusão,
eu não quero meu coração despedaçado,
eu não quero ser nenhum menino pedido,

ninguém quer ser tapeado,
os sentimentos são bem claros,
seus olhos, seu rosto,
sua pele, seu corpo,

linda menina,
você me enlouquece,
me condena em sua sedução,
sem trapos, e  sem magia, linda menina,

você me alicia em êxtase de paixão.



LEANDRO OCSEMBERG

sábado, 27 de outubro de 2012

O ENCANTO DO AMOR


























Noite desabitada,
quando você se aproxima,
eu submerjo a passagem da solidão,

como uma criança assustada,
face sem olhos, uma única lágrima,
é tudo o que me sobrou,

é como se ninguém percebesse,
é como se ninguém notasse o coração ferido,

eu já engoli versos vazios,
uma única lágrima é o que restou,
eu estou planejando lembranças
para o encanto desse nosso amor,

eu esqueci de errar,
talvez em minhas demências,
a mania de sempre te querer,

é o incêndio  que você causou,

tão distante do paraíso,
o céu esta pesado, negro e cinzento,

eu já engoli versos vazios,
uma única lágrima é o que restou,
eu estou planejando lembranças
para o encanto desse nosso amor,

você nunca disse como seria,
engolindo palavras vazias,
eu flutuo como as nuvens em seus olhos

eu estou planejando lembranças
para o encanto desse nosso amor.


LEANDRO OCSEMBERG

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

DOCE IMPRUDÊNCIA





















Estou completamente apaixonado,
seu olhar em mim inventou uma perda,
quando estou longe,
tudo parece fácil sem você aqui,

seu silêncio,
é uma disposição em meu ego,
eu não sonho com isto,

essa distância
sempre quer dar as caras,
quem de nós esta sozinho?,
a solidão se torna real no meio da noite,

olhar sentimental fácil,
quando a intensão é despertar o desejo,
chame-me na noite, me deseje,

seu silencio é uma habilidade em meus ouvidos,
eu sou completamente apaixonado,
é uma disposição em meu ego chegar mais perto de seu rosto,

doce imprudência,
descobrir minhas mãos para cima do seu corpo
de amar, de viver um sonho,

ler seus lábios, é o amor a inversão em seus olhos,
é o brilho da sua luz que é incompreensível,
o amor é tudo oque posso fazer.



LEANDRO OCSEMBERG

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

UM DEUS SEM CARÁTER























Vivo sem raízes de expectativas,
outro contraste na luz, mais uma falsidade inventada,
é longe da sombra que vejo meus medos nas ciladas,

outro embate na luz,
é muito fácil preterir,
é muito fácil iludir,

rabiscado no epílogo trágico,
lavrado em campos imaginários,
nos truques de um deus sem rosto,

dramas e desventuras humanas,
estou totalmente sem nenhum no olhar,
aos poucos descobrindo em mim mesmo a dor,

minha vida está no rosto de alguém,
quando a musica acaba, é lá que tudo começa,
você quebra um coração e tenta refaze-lo,
nos truques de um deus sem rosto,

é muito fácil fingir,
é muito fácil dizer certas palavras,
é muito fácil criar indignação para trazer de volta
tudo aquilo que sempre quisemos,

agora fecho os meus olhos alagados
que corrompem minhas mãos sem vida,
o amor uma vez já foi tão vivo,

acendam suas velas, rezem suas preces,
eu não invento o por que,
o amor já foi tão vivo,
mas esvaeceu imprudente,

é um recreio humano
tudo aquilo que sempre quisemos.



LEANDRO OCSEMBERG

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O JARDIM SECRETO


















Apagam-se as luzes,
as estrelas querem brilhar,
a noite canta como um violino
no sabor de vinho tinto,
onde buscamos sonhar,

fecham-se as portas,
é dada a meia volta
em torno de nosso olhar,

é por sua graça e serenata,
é por sua candura que me encanto,
esta luz, só o poeta pode enxergar,

no picadeiro de minha reflexão,
você baila docemente,
dentro de minha mente nós iremos ecoar,

nos prados do pomar confidencial
sua essência, onde jamais se viu,
florão seduzido,
olhar extasiado que jaz existiu,

clareado a dissimulação eminente
do amor em chama ardente,
és venero o seu pisar nas nuvens,
este anseio, jamais se evadiu,

é por seu indulto e seu cântico,
é por sua doçura que me fascino,
esta ansiedade, só o poeta conheceu.



LEANDRO OCSEMBERG

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

SONHOS



























Quero olhar em seus olhos,
e desvendar seus mais profundos sonhos,
quero beijar-te apertado em meu abraço
e te sentir em calor afago de meu colo,

vou deslizar em seus ouvidos
palavras doces e infinitas,
tocando no profundo de seu ego
te fazendo de encanto e magia,

as lágrimas mudam de olhar
brilhando em meus desejos,
quero te levar no sabor do amor
e lhe derramar em meu doce canto sereno,

quero beber de seus lábios
como a água muda para o vinho,
desejando-me naufragar
e me conjugar em seu ileso tecido,

em seu toque leve como uma febre
noite a dentro percorro seu corpo,
e na fragrância de seu aconchego
quero me queimar no pecado de seu fogo,

quero me perder nos caminhos
onde seus braços me dominam,
e na beira do oceano do seu amor
suspirar o teu ar profundo e divino,

quero acordar em seus braços
e descobrir que a vida não é um sonho,
quero sorrir e me declarar
em uma amor infantil e risonho.


LEANDRO OCSEMBERG

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

DUPLO SENTIDO




















Há uma mentira sobre o céu,
e ela esta findando tudo o que somos,
quando eu escuto suas expressões,
percebo a ofuscação de sua magia,

há uma lágrima no olhar do cadáver aprisionado,
e ela está findando tudo o que somos,
e quando eu observo a sua capacidade,

há algo que me entorpece,
seu brilho me narcotiza,

em minhas mãos, não há coisa nenhuma,
e um nova calúnia irá abrolhar,

há um perfume nas rosas,
e ele está aliciando o espirito,
sua terra, não é um ambiente santo,
não há santo algum neste recinto,

há algo que me entorpece,
seu aroma me adormece,

nossos desejos nunca são os mesmos,
ou são as mesmas vontades de reis e rainhas
que aliciam e bailam em suas gargalhadas profanas,

a fúria sussurra,
nas ocasiões conseguimos peregrinar no bosque,
mas nunca o fazemos sozinho, como dois caminhos
indo até o mesmo lugar onde o sol se esconde,

há algo que me entorpece,
para um novo dia, para um lugar
onde só a verdade irá suportar.



LEANDRO OCSEMBERG

DOCE INOCÊNCIA




















Amo,
amo por que tenho que amar,
o amor é uma luz,
que nos faz brotar,

amo,
com puro sentimento,
declínio de sedução,
vontade de paixão,
amo, com intenso desejo,

amo,
o amor é o combustível da criação,
na trama perfeita da vida
és engrenagem de toda emoção,

amo,
como um leve e singelo menino,
pequeno de gesto, amplo de mistérios,
amo, como ama o amor infindo,

amo  historiando sobre linhas,
desfecho patético de vida,
no olhar do deus do olimpo,

amo,
com rosas em punho
ejetando a semente do amor
no coração negro de meu inimigo,

amo,
como o sol ama a lua,
como o vento faz surpresa e demência,

amo,
o amor é existência,
caso encarcerado da predestinação,
na doce inocência da alucinação.


LEANDRO OCSEMBERG

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

EM ALGUM LUGAR DO CORAÇÃO





















Leve-me,

tão longe deste abandono que nos espera,
você sentiria como uma pluma ao vento
todos os nossos sentimentos,

eles estão acima do sol,

te mirando como o grande talento
nas aspirações mais profundas,

troque o seu silêncio,
por um pouco de amor,
leve-me, sejas onde for,

há milhas longínquas,
nossos olhares se interrompem,
como o rio que nascerá pequeno,
vazando no imenso mar
incógnito de nossos desejos,

levemente em seu chamego,

te mirando como o sol
nos devaneios mais deslumbrados,

nós cavalgaremos entre as planícies
de flores amarelas e seus atrativos divinais,

troque a sua solidão
por um pouco de afeto,

no fim de nossa saída será advertido
como éramos em nossos frescores,

leve-me em seu alento acalanto,
troque os seus medos pela meiguice,

em algum lugar, é isto o que somos,
é isto o que realmente conhecemos.



LEANDRO OCSEMBERG

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O ANJO SALVADOR II






















Enquanto minha espada
bailava pelo ar, reluzente,
seu olhar  me tem no infinito,

em meu corpo,
abluído em prole,
minhas mãos brandiam sua confiança,

as vezes,
todas as nossas lamentações estão disparadas,
assim como a dúvida brilha no olhar,
toda a dor desperta de sono profundo,

há algo que sinto no vento,
entre as nuvens se abortando,
meu espirito parte abarcando sombras de temores,

mil noites de fogo,
sua comiseração cai em mim,
sobre minhas aflições e meus ferimentos,

no arbusto de vida insuficiente,
sua pretensão abordará, nos alterando pela passagem,
caído ao léu da amnésia,
seu anjo correspondente, estenderás as mãos,
socorrista de nossa mortificação,

sua luz nascerá entre relampejares
cintilando em nossas faces,
atingindo em nosso espírito falido
como a última benção a nos ser dada.



LEANDRO OCSEMBERG

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

NO OLHAR DO POETA






















Em meus olhos,
você surge como um sonho,
na correnteza do riacho
eu ouço o seu canto,
o toque de suas mãos vem no vento
lentamente em meu rosto afago,

toque-me, toque-me,
tão intimamente o quanto eu vivo,
em sua nudez,
eu vago pelos canções mais absurdas,
em seu encanto acalanto eu me desvio,

como cada estrela intensa,
és uma baliza, avesso ou prosa de poesia
que desatina em minhas míseras obsessões,  

doce inspiração de perversa alienação,
tão densa de anseios, em abismos de atração,


toque-me, toque-me,
eu posso ter mais,
não é um sonho
minha concepção de indigências,

és uma límpida e cristalina lágrima no olhar do poeta,
borrando as linhas da poesia e suas arestas.



LEANDRO OCSEMBERG 

COMO DA PRIMEIRA VEZ























Por toda minha vida,
eu irei te contemplar, como da primeira vez,
nenhuma fantasia é desvairada,
eu não pude acreditar tanto assim,

toda a essência da alma, vaga,
como o aroma das rosas sobre os campos,
através dos seus olhos,
há uma criança cheia de penúrias,

por toda minha vida,
eu irei te experimentar, como da primeira vez,
nossos anseios estão vivos,
em suas barreiras de medos,

eu viverei um pouco mais,
no mundo que ninguém vê,
entrando pelas portas que você abriu na noite,

não há lugar algum, não temos tempo,
quando ninguém te ouve, para onde se deve fugir?,
como o aroma das rosas sobre os campos,

através dos seus olhos,
há uma criança cheia de penúrias,

por toda minha vida,
eu viverei um pouco mais,
no mundo que ninguém vê,

tocando seu rosto como da primeira vez.



LEANDRO OCSEMBERG

terça-feira, 2 de outubro de 2012

AMOR E ÓDIO



























Noite estrelada,
ela entra pela porta,
olhando ao redor, muda, calada,

eu apenas a olho como sempre,
amando como da primeira vez,

se despindo e cansada,
se dirige ao banheiro,

toalha cobrindo o corpo,
olha leviano no rosto,
eu nem imagino o que vai me esperar,

ele me embebeda, me seduz me envolve,
é a sua maneira louca de me amar,
me arranha, me lambe e me afana,
outra vez ela vai me dominar,

amor e ódio,
ela me ferve de tesão,
amor e ódio, juntos,
sou escravo de sua ardente paixão,

escorrendo pelo seu corpo,
meus lábios ganham o caminho perdido,
me segure, me segure, estamos nos unindo,

ele me aprisiona em seu desejo louco de amar.


LEANDRO OCSEMBERG

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

A VOZ DOS SONHOS





















Eu estou confuso, longe de casa,
mas nenhum passagem leva a nada,

um homem simples e seus aspectos,
minha sombra fala comigo,
meus sonhos olham para mim,

eles me disseram,
eu esqueci o que você disse,
e outra vez metralhado nos lábios,
seu olhar vai me assaltar de novo,

toda dor transformou ruinas em castelos,
toda lágrima virou um riacho cristalino,
dobrando meu coração sobre o meu cérebro,

perdido no jardim de minha invenção,
sedado, seu olhar vai me atacar de novo,

sentimentos duvidosos,
não me decepcione, um homem simples e seus vultos,
outra vez metralhado nos lábios,

pelo olhar do anjo meu espirito foi raiado,
toda dor transformou ruinas em castelos,
toda lágrima virou um riacho cristalino,
esta é a minha visão final,

meus sonhos olham para mim,
eu esqueci o que ele disse.



LEANDRO OCSEMBERG

SUPOSIÇÕES ENCIUMADAS





















Sentimentos vazios,
ela saiu batendo a porta,
outra vez envolvida arranjo de si mesma,

sem finalidade de contemplar nas palavras,
entenda baby, você estava enganada,
são suposições delirantes, me avocar como garoto,

você me põem lá em cima,
e me derruba com suposições enciumadas,
você me põem lá em cima,
e com um beijo me deixa sem fala,

eu chutaria tudo pelos ares,
em outra esquina frisando olhares,

rasga-me a roupa,
e despedaça-me a pele em suas unhas,

você me põem lá em cima,
e me abate com suposições enciumadas,
você me aprisiona em seu olhar e me solta ao pés,

 receio e medo,
paixão ardente, amor exigente,
eu aprendi errado?, é este o seu bel-prazer?,

você me contém e me ama,
com suas suposições enciumadas.



LEANDRO OCSEMBERG

EPÍSTOLAS ASSASSINAS






















Letras em sangue,
o poeta está alienado,

alucinado pelo olhar vigilante,
aprisionado a dor, para sempre?,

jogue seus fluxos do céu,
então eu experimento você,
eu assisto como você sai cantarolando,

a despeito do seu sorriso de anjo,
as epístolas estão em sangue,

então eu vejo você,
é tão real como eu sinto,

eu atinjo em sua santidade,
um impulso fosfórico , catastrófico ,
de um declive qualquer,

do chão para o alto,
tão rápido como um relampejar,
apoiado nos entulhos de seus sinais simplórios,
mentiras em linhas para as nossas melhoras,

 a despeito do seu sorriso de anjo,
as epístolas estão em sangue,

sua sombra vem por trás,
apunhalando em aparo sem tinta,

jaz morta sem intenção alguma de alegria.



LEANDRO OCSEMBERG