É um tipo de febre,
ou uma cegueira
das razões,
em rosas
desbotadas
espinhos secos
manchados,
você se despede em
silêncio,
dentro dos cantos
escuros
nos truques de
figuras imaginárias,
com o seu olhar de
anjo caído
tocando o céu em
uma lembrança,
tão iguais eu e
você nas diferenças
que criamos para
subestimar a si mesmo,
faltando perfume
no jardim de seu espírito
você age como se
não houvesse perdão,
um amor, uma vida,
você abraça com o
sorriso aberto
tudo que é belo em
campos verdes,
um amor, uma vida,
um fruto divino e
salvador
curar a dor dos
outros
sem se preocupar
com a sua própria,
é um tipo de
febre,
ou uma cegueira
das razões,
escolher a má
sorte ou
simplesmente
ceifar boa esperança,
dentro da noite
estrelada,
orações de
súplicas,
ao ouvidos de
cristo
você chora por
você,
mas sempre se
esquece que é por todos,
é por todos que
amamos,
um amor, uma vida,
é o que temos para
ser
através da morte
que nos sobrou,
um amor, uma vida
através do dom
divino
nas lágrimas de um
nobre senhor.
LEANDRO OCSEMBERG
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