segunda-feira, 24 de outubro de 2011

UM AMOR, UMA VIDA




















É um tipo de febre,

ou uma cegueira das razões,
em rosas desbotadas
espinhos secos manchados,

você se despede em silêncio,
dentro dos cantos escuros
nos truques de figuras imaginárias,

com o seu olhar de anjo caído
tocando o céu em uma lembrança,
tão iguais eu e você nas diferenças
que criamos para subestimar a si mesmo,

faltando perfume no jardim de seu espírito
você age como se não houvesse perdão,

um amor, uma vida,
você abraça com o sorriso aberto
tudo que é belo em campos verdes,

um amor, uma vida,
um fruto divino e salvador
curar a dor dos outros
sem se preocupar com a sua própria,

é um tipo de febre,
ou uma cegueira das razões,
escolher a má sorte ou
simplesmente ceifar boa esperança,

dentro da noite estrelada,
orações de súplicas,
ao ouvidos de cristo
você chora por você,

mas sempre se esquece que é por todos,
é por todos que amamos,

um amor, uma vida,
é o que temos para ser
através da morte que nos sobrou,

um amor, uma vida
através do dom divino
nas lágrimas de um nobre senhor.





LEANDRO OCSEMBERG

Nenhum comentário:

Postar um comentário