Cegue seus olhos,
você carrega seu
corpo com esforço
e o joga nos
lençóis de sua destruição,
um teatro real e
paranoico,
diante do espelho,
dentro da imagem
de suas lágrimas,
tão perfeito é a
perfeição
dentro da
imperfeição dos seus olhos,
mas você não pode
ver,
mas você nunca irá
saber,
saber sobre si
mesmo,
em cartas mágica
truques baratos
quando a pele
incendeia
a alma explode em
furor,
esquivando-se,
mais e mais
semeando seus desejos,
não é a toa que a
morte ama a vida,
andando na proa da
embarcação sombria,
deita-se com rosas
perfumadas
e sangra no sabor
de seus espinhos,
toda dor alcança o
tamanho do seu pecado
no inocente olhar
de um menino,
forma-se a
ventania
vinda de dentro de
seus lábios,
arrasta-te de
braços abertos
no declínio do
pensamento abstrato,
caído em seus
braços
não há mais onde
estar,
apaga-se as cores
para em preto e
branco deixar,
dias e noites
perfeitas
sem lembranças da
dor,
dias e noites perfeitas
apagadas por
gritos de horror,
nos truques
baratos em cartas mágicas.
LEANDRO OCSEMBERG
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