É apenas uma manhã fria,
um silêncio
barulhento,
um vazio completo,
um amor despido e
fantasiado
dias e noites em
tardes vagas,
você espera que
ele entre pela porta,
sentada em beira
de seus lençóis
encharcados de
lembranças,
quando ele a fere
é um desperdício
semear a certeza
em cada palavra
suja e árdua,
gritos silenciosos
na noite
um atrito na alma
ha espere dele,
um amor fingido
em sentimentos
inventados,
você espera para
amar
e encontra o
sangue das feridas
e suas mãos
delicadas,
dizer te amo
qualquer lábio se move,
qualquer mão
suporta suas lágrimas
até que o suspiro
lhe falte e pare,
é apenas uma manhã
fria,
um silêncio barulhento,
um vazio completo
que
se completa em
si mesmo,
uma nova chance
para provar
é o que há em nós,
como cada folha de
uma árvore
que cai em suas
certezas,
certezas movidas
por respostas
em perguntas
feitas dentro do vento,
que apagam as velas
lentamente
nas respostas que vem com o tempo.
LEANDRO OCSEMBERG
Nenhum comentário:
Postar um comentário