quarta-feira, 26 de outubro de 2011

AMOR FINGIDO

























É apenas uma manhã fria,
um silêncio barulhento,
um vazio completo,

um amor despido e fantasiado
dias e noites em tardes vagas,

você espera que ele entre pela porta,
sentada em beira de seus lençóis
encharcados de lembranças,

quando ele a fere
é um desperdício semear a certeza
em cada palavra suja e árdua,

gritos silenciosos na noite
um atrito na alma ha espere dele,
um amor fingido
em sentimentos inventados,

você espera para amar
e encontra o sangue das feridas
e suas mãos delicadas,

dizer te amo qualquer lábio se move,
qualquer mão suporta suas lágrimas
até que o suspiro lhe falte e pare,

é apenas uma manhã fria,
um silêncio barulhento,
um vazio completo que
se completa em si mesmo,

uma nova chance para provar
é o que há em nós,
como cada folha de uma árvore
que cai em suas certezas,

certezas movidas por respostas
em perguntas feitas dentro do vento,
que apagam as velas lentamente

nas respostas que vem com o tempo.





LEANDRO OCSEMBERG

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