quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O ANJO NO JARDIM





















Lágrimas em trapos sujos
a terra estremece em meu olhar,

túmulos desenhados em papel de ceda
em terras de arado artificial,
em sangue manchado,

sangue seu, dor minha,
rosas secas encobrindo corpos
cravejados de feridas,

caminhando no jardim
um mensageiro,

paz e amor
sempre viveram juntos,
paz e amor
que hoje falta no mundo,

lágrimas para o crucificado,
uma ceia em seu nome,
traz de volta o plano de luz
saciando a dor e a fome,

cristãos, católicos, evangélicos,
em sua corrente do bem,

ateus que expulsaram Deus de suas vidas
em um momento seus joelhos também sangram,
por falta de amor, ou pelo fardo de sua dor,

eu faço do silêncio minha arma
e de minhas lágrimas um desenho,
toda vez que olho para o céu de nuvens viajantes,

todas as partes, são partes de um só,

paz e amor
sempre viveram juntos,
paz e amor
que hoje falta no mundo,

agora grita a alma em desespero
sangrando nos lábios a cede da igualdade,

e brilha nos olhos há esperança
por um mundo sem maldade.






LEANDRO OCSEMBERG

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