segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A CORRENTE DO BEM























Céu cinzento
nuvens sombrias,

eu estou orando
por um novo dia,

são caminhos tortuosos
o desprezo e a injuria,
é uma morte espiritual
o descaso com o semelhante,

os anjos podem ouvir esta oração?
emprestando os seu poderes
vindo dos céus em altar de poder e luz,

por ventura até aquele
que anda reto pode se perder,
uma picada que alastra o furor,

eu estou orando
por um novo dia,

algo fere nossas vidas
um argumento errado, uma palavra mal dita,
contaminando o coração e trincando o espírito,

um gomo, apenas um gomo da corrente,
por que os tolos enxergam como cegos,

no vivemos o que está escrito,
nós vivenciamos cada frase
de um poeta eterno chamado jesus cristo,

nós sentiremos cada letra,
cada ponto final de nossa surdez,

lenços encharcados,
eu também choro,
mas a luz que brilha não está lá,

a luz que brilha não está no porão,

eu estou orando
por um novo dia,

eu estou orando por todos e não só por mim.





LEANDRO OCSEMBERG

domingo, 30 de outubro de 2011

CORAÇÃO DE PAPEL

























É apenas um silencio doloroso
uma voz triste e vestida no ar,

um olhar brilhoso
em lábios secos
nas mãos vazias e esperançosas,

o amor é uma vida,
vida que surge no seu abraço
que ganha força no seu sorriso
criando um céu estrelado,


quanto tempo nos resta?
é um desperdício parar,
não,
eu sigo seu olhos
onde eles podem me levar,

eu plantei uma flor em seu jardim,
eu fiz ondas no oceano do seu coração,
por que o amor.. o amor é tudo,

o amor é uma ventania
que me encobre de sorte,
uma mágica secreta no toque,
como um grão de areia no mar,

no mar de suas emoções,

vagantes em nuvens
meus pensamentos sobre você,
tão lento e profundo o desejo
que me vem através de você,

sim,
eu desenhei um coração de papel
com seu nome dentro,
uma seta dourada atravessada
cruzando o horizonte de nossa distância,

e sempre fica melhor o nosso amor
sempre que você me perdoa e faz
com que eu seja sempre quem vai estar com você,

estar sempre ao seu lado.







LEANDRO OCSEMBERG.

AS LÁGRIMAS DE CRISTO






















É uma viagem alucinante
lavando os pecados em
lágrimas solitárias,

quem faz a dor nascer
e a cura é a desculpa?

quem planta as feridas
e o remédio é a compaixão?

uma vida perfeita em mentiras,
em sangue derramado uma luz,
o sinal que nos assusta,

rebobine de volta este filme
eu não ouvi direito,
como é mesmo estamos...

enganando há si mesmo,
vendendo há si mesmo
matando uns aos outros,

o livro sagrado espiritual
está em chamas há anos,
e a alma não quer se purificar?,

olhos cegos diante do espelho quebrado,

é uma viagem alucinante
lavando os pecados em
lágrimas solitárias,

as lágrimas de cristo,

paz inegociável morrer pelos outros,
amor inalcançável ao próximo
negociado por prata e ouro,

eu, eu não pertenço a isto aqui,
eu, eu não sei o que estou fazendo aqui,

um campo de morte e descaso.





LEANDRO OCSEMBERG

VIDA NOVA























Quadro negro,

matutando suas ideias
resultados errados,

contando nos dedos os pensamentos
você observa atencioso seus planos
palmo á palmo em seu trono vazio,

encolhido em si mesmo
ferido ou machucado sangrando,

uma nova chance para se agarrar
e segurar sua derrota de braços abertos
abraçando tudo, toda chance escapa,

a chuva cai,
cada pingo lento e frio
uma chance está vindo,

desenhando no temporal
seus raios nervosos e tediosos,
em espirito vingativo,

eu.. eu viverei com você
cada dor, cada alegria, cada desperdício,

eu.. eu estarei com você
em cada movimento, em cada pesadelo,

nós vivemos a guerra que criamos,
nós colhemos o que plantamos, as vezes
certo, ou em tempo errado que cultivamos,

uma nova vida é o que queremos,
uma nova vida é o que desejamos,
mas mudar a cor do céu é tirar dos outros suas escolhas,

eu.. eu morrerei com você,
eu.. eu ressuscitarei com você,
nas lembranças boas ou más,

uma nova vida,
não depende só de mim
não depende só de você,

somos tão únicos e diferentes no olhar,
somos tão fútil na desigualdade e na vontade de amar,

somos o que somos vivendo de esperanças
sonhando com a paz.





LEANDRO OCSEMBERG

sábado, 29 de outubro de 2011

AMAR-TE






















Amo-te
não por sua beleza
não pelo seu corpo,

amo-te pela certeza
da luz que vem em meu rosto,


amo-te
não por vaidade
não pelo desejo,

amo-te
pela sinceridade
do seu olhar sem desprezo,

amo-te
não pelo que tu faz
e nem por obrigação,

amo-te
pela profunda paz
que me trás ao coração,

amo-te
pela manhã de inverno
ou pela tarde de chuva,

amo-te
por sua bondade
e por sua astucia,

amo-te
pelo que tu és
e não pelo que seria,

amo-te
como tu és
uma flor bela e divina,


amo-te
como deves ser amada
e não por fantasias,

amo-te
como uma amante
apaixonada pela vida.



LEANDRO OCSEMBERG.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

AMANHECER SOLITÁRIO






















Entre o vento gelado,

o sol colocava-se em seu lugar,
uma manhã fria, solitária,
era apenas a sua ausência,

um dia sem você,
é como uma vida inteira
sem ter o que encontrar,

é o mesmo que sonhar,
sem realizar um sonho,

segurando suas mãos e indo..
indo onde você fosse me levar,
onde eu poderia estar,
nos prados do paraíso,

na correnteza do riacho
dos seus longos cabelos,
a fragrância do sorriso de um menino,
um menino louco a sonhar,

o brilho dos seus olhos,
como as estrelas no céu,
me obcecando, me iludindo,

eu sei, é difícil entender,
mas não tão quanto querer o que se quer,
o que os olhos não veem, o coração sente,

uma ventania corta-me o rosto,
e seca as lagrimas plantadas sem razão,
é apenas uma sensação de que você esta viva,
viva dentro do meu coração,

esquecer um sorriso vivo,
é o mesmo que nunca ter sorrido,

não sentir o calor do abraço
é o mesmo que nunca ter esbarrado
em um tropeço do destino,

ninguém disse que seria fácil,
nunca disseram que seria difícil
encontrar uma razão para saber,

saber que o amor, não está no corpo,
não está no desejo e sim dentro de nós
onde poucos o encontram.





LEANDRO OCSEMBERG

TRAGÉDIA





















O sol está exposto gratuitamente
quem é dono de quem?
eles são donos dos mortos
eu sou um numero em um documento,


abrindo os olhos para os sonhos,

assassinos de sonhos,
eu sou um mártir pelo desprezo,
o orgulho que o povo tem alimenta
a minha vitória, isso é a minha vitória,

entre nove e dez da noite
arrogância e glamour,
alguém sempre se acha melhor que os outros,

sua tragédia e dor
aplausos da plateia,
metralhando os olhos
isso é a minha vitória,

o dia começa a ficar louco
isso não significa nada,
a bolacha mais gostosa do pacote murchou,

abrindo os olhos para os sonhos
alguém sempre diz
isso nunca vai acontecer comigo,

dentro da contagem de seus passos
pessoas só vivem pelo que lhe interação,

beleza por ouro, amor por prata,
seu sangue por comida
sua vida por nada,

sua morte esquecida
sete palmos abaixo
essa é a minha vitória,

minha vitória
acordar todos os dias morto,
sua queda minha vitória sim
pelo sabor do seu desgosto,

eu tive meus dias julgados
e fui massacrado pelos tolos,

fui humilhado e pisoteado
por aqueles que se acham o todo poderoso,

eu sou sua companhia
não importa a hora
de noite ou de dia,

você não espera por mim,
mas eu sempre te acho no fim.





LEANDRO OCSEMBERG.

A MENINA E A ROSA




























Linda menina
dos olhos cor de mel,
nos seus lábios a ventania
que me levita até o céu,

linda menina
que me faz transbordar,
em seu olhar o desejo
que sempre me faz sonhar,


seu sorriso ilumina-me os olhos
e suas palavras enche-me da mais pura alegria,

linda menina
em suas mãos a rosa,
que deleita
o verso em prosa
uma poesia cheia de vida,

linda menina que me inspira
e me esvazia todas as manhãs,
um coração carregado de carinho
em codinome Fran,

linda menina
que há muitos faz sonhar,
em sua virtude um segredo
em sua vida uma razão para amar,

menina, linda menina
tão bela no olhar,
uma pureza de espírito
um coração há se encontrar,

linda menina
que nos cantos escuros já foi chorar,
tão linda és no profundo do teu ser
fazendo na vida alegrias brotar,

linda menina que sempre vou adorar.






LEANDRO OCSEMBERG

AMAR NÃO É GOSTAR






















Gostar não é amar
na direção do vento só o pó vai,

gostar não é amar
é um simples desejo de querer mais,

gostar é um pensamento,

sobre o por do sol
em cada raio a paz
no seu olhar que sempre estou querendo,

gostar é sorrir é viver
cada minuto com você,

gostar não é iludir e nem
o corpo belo que se quer ter,

gostar é sentir e morrer,
gostar não é tudo,
mas é ganhar e perder,

ver um sorriso na escuridão
isso sim é gostar, gostar de emoção,

mas gostar de tudo que se tem
é gostar de chorar e sofrer em solidão,

amar é gostar
se for dentro das certezas,

gostar todos gostam
mas amar é só para os românticos de natureza,

gostar é um desejo
que não é profundo,

gostar é querer gozar
e desfrutar do mundo,

gostar não é amar
na vida se gosta e desgosta
de muitas coisas,

mas amar
é desejar amor a todas as pessoas.




LEANDRO OCSEMBERG

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O ANJO NO JARDIM





















Lágrimas em trapos sujos
a terra estremece em meu olhar,

túmulos desenhados em papel de ceda
em terras de arado artificial,
em sangue manchado,

sangue seu, dor minha,
rosas secas encobrindo corpos
cravejados de feridas,

caminhando no jardim
um mensageiro,

paz e amor
sempre viveram juntos,
paz e amor
que hoje falta no mundo,

lágrimas para o crucificado,
uma ceia em seu nome,
traz de volta o plano de luz
saciando a dor e a fome,

cristãos, católicos, evangélicos,
em sua corrente do bem,

ateus que expulsaram Deus de suas vidas
em um momento seus joelhos também sangram,
por falta de amor, ou pelo fardo de sua dor,

eu faço do silêncio minha arma
e de minhas lágrimas um desenho,
toda vez que olho para o céu de nuvens viajantes,

todas as partes, são partes de um só,

paz e amor
sempre viveram juntos,
paz e amor
que hoje falta no mundo,

agora grita a alma em desespero
sangrando nos lábios a cede da igualdade,

e brilha nos olhos há esperança
por um mundo sem maldade.






LEANDRO OCSEMBERG

INDECISÃO























Céu escuro,

ele vai desabar e espero
que ele não caia sobre mim,

em certas horas, certos momentos,
todos temos que partir, mas..

muitos vão com o vento,

na vida,
todos querem alguma coisa,

eu..?

quero você, mas só se você couber em meu coração,

no oeste uma nuvem negra se aproxima
e isto me faz recuar dos seus laços,

mas não lhe esquecer como um velho quadro,

face a face no tabuleiro
eu estou jogando o jogo da vida,

mas você parece não querer jogar e só brincar,
no final, isto sempre faz arder as feridas,

como o vento que me toca.
os seus lábios eram o ar que eu amava,

mas o mundo sempre mostra sua bela face maldosa,

rosas com espinhos,
sim eu estou ferido
como um pobre menino que
quer seu colo de volta, mas..

em seu olhar não há serenidade,

não fomos uma bela história,
e sim, uma página virada,

entre as nuvens vagantes
que pairam no ar, eu vejo a indecisão
que nunca leva há nada,

que consome o tempo que nunca para.




LEANDRO OCSEMBERG.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

AMOR FINGIDO

























É apenas uma manhã fria,
um silêncio barulhento,
um vazio completo,

um amor despido e fantasiado
dias e noites em tardes vagas,

você espera que ele entre pela porta,
sentada em beira de seus lençóis
encharcados de lembranças,

quando ele a fere
é um desperdício semear a certeza
em cada palavra suja e árdua,

gritos silenciosos na noite
um atrito na alma ha espere dele,
um amor fingido
em sentimentos inventados,

você espera para amar
e encontra o sangue das feridas
e suas mãos delicadas,

dizer te amo qualquer lábio se move,
qualquer mão suporta suas lágrimas
até que o suspiro lhe falte e pare,

é apenas uma manhã fria,
um silêncio barulhento,
um vazio completo que
se completa em si mesmo,

uma nova chance para provar
é o que há em nós,
como cada folha de uma árvore
que cai em suas certezas,

certezas movidas por respostas
em perguntas feitas dentro do vento,
que apagam as velas lentamente

nas respostas que vem com o tempo.





LEANDRO OCSEMBERG