São cores vazias
em telas de
pintura inexistentes,
uma flechada
imaginada ou um solavanco qualquer,
nas lágrimas
desenhadas nas paredes,
sentimentos
artificiais
surgindo do nada
em um regrador lagrimal,
e ela está
correndo de novo,
e ela esta
marcando meu rosto,
deverás não ser
assim sendo,
sentindo-te a todo
tempo,
um pedaço de papel
rabiscado
suportando todo o
meu oceano,
entre linhas de
paragrafo único
linhas ondulares
em branco,
outra poesia
rimada,
ou uma expressão dramática
a se fingir,
e ela me faz
chorar de novo,
e ela me põem de
joelhos a implorar pelo socorro,
quebrando o sol
artificial nas nuvens de algodão
do céu que eu
mesmo fiz nas imaginações,
entre anos e anos,
apenas em outros
olhares,
lágrimas estão se
declarando,
impulsionado para
frente, diante paisagens deslumbrantes,
mas ela não me
deixa mentir,
e ela não me
deixar fingir,
sentir agora é um
desejo livre aprisionado em seu querer,
e meus olhos não
param de agir,
tão húmidos e
apaixonados,
tão cegos e vivos
nas mãos do acaso,
tão real e tão
viva,
faz parte de mim
ser assim,
melancolico sentimental
escritor de feridas.
LEANDRO OCSEMBERG.
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