Eu vejo o nascer do sol
por entre as
folhas verdes dos campos,
um fecho de luz da
vida
nos caminhos que
seguimos sozinhos,
na esfera da
esperança de completar este vazio,
mas sem amor não
há felicidade,
eu estou correndo
dentro da chuva
pelas ruas
desconhecidas,
e deixando para
trás minhas lágrimas,
eu dobro a esquina
com pressa de ver
de novo
o último raio do
sol,
o brilho que vem
dos seus olhos
que faz surgir em
mim este desejo,
eu vou cair desta
nuvem,
eu vou cair em
seus braços,
eu vou tropeçar
nos seus planos rabiscados
e surpreender seu
coração
mostrando que sem
amor não há felicidade,
eu estou fugindo
para o alto
nas ventanias de
suas asas próximo ao teu colo
em uma madrugada
fria,
uma noite sem
estrelas
é como um coração
vazio,
eu quero me refugiar
em seu carinho
e deixar meus
olhos molhados quando
você dizer que
sim, que não estamos mais sozinhos,
eu vou cair desta
nuvem
como uma chuva que
banha teu corpo,
e acender a chama
do amor pelas ruas,
eu vou me queimar
na chama,
e deixar as cinzas
pelo ar,
para provar que
sem amor não há felicidade,
nós ainda estávamos
sonhando,
fora de nossas
razões,
nós entregamos
nossos corações
devolvidos pelo
acaso roubado de nós,
sentimentos
refeitos
pela poeira do
passado,
é um tipo de mágica,
é um tipo de
mágica que vem das estrelas,
eu vejo o nascer
do sol
encobrindo as
estrelas,
um rastro quase
apagado do passado
apenas dizendo que
será um dia feliz,
eu vou cair desta
nuvem,
eu vou cair desta
nuvem diante do espelho
que reflete a
imagem de nossas almas para te dizer,
que sem o amor não
há felicidade.
LEANDRO OCSEMBERG.
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