sábado, 25 de fevereiro de 2012

DENTRO DA CHUVA


















Eu vejo o nascer do sol
por entre as folhas verdes dos campos,

um fecho de luz da vida
nos caminhos que seguimos sozinhos,
na esfera da esperança de completar este vazio,

mas sem amor não há felicidade,

eu estou correndo dentro da chuva
pelas ruas desconhecidas,
e deixando para trás minhas lágrimas,

eu dobro a esquina
com pressa de ver de novo
o último raio do sol,

o brilho que vem dos seus olhos
que faz surgir em mim este desejo,

eu vou cair desta nuvem,
eu vou cair em seus braços,

eu vou tropeçar nos seus planos rabiscados
e surpreender seu coração
mostrando que sem amor não há felicidade,

eu estou fugindo para o alto
nas ventanias de suas asas próximo ao teu colo
em uma madrugada fria,

uma noite sem estrelas
é como um coração vazio,

eu quero me refugiar em seu carinho
e deixar meus olhos molhados quando
você dizer que sim, que não estamos mais sozinhos,

eu vou cair desta nuvem
como uma chuva que banha teu corpo,
e acender a chama do amor pelas ruas,

eu vou me queimar na chama,
e deixar as cinzas pelo ar,
para provar que sem amor não há felicidade,

nós ainda estávamos sonhando,
fora de nossas razões,
nós entregamos nossos corações
devolvidos pelo acaso roubado de nós,

sentimentos refeitos
pela poeira do passado,
é um tipo de mágica,

é um tipo de mágica que vem das estrelas,

eu vejo o nascer do sol
encobrindo as estrelas,

um rastro quase apagado do passado
apenas dizendo que será um dia feliz,

eu vou cair desta nuvem,
eu vou cair desta nuvem diante do espelho
que reflete a imagem de nossas almas para te dizer,

que sem o amor não há felicidade.



LEANDRO OCSEMBERG.

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