quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

SENTIMENTOS INFANTIS


























Os portões estavam fechados,
em minha cadeira vaga sobre a mesa,
olhares me procuravam, sem sentido algum,

o giz escorregava pela lousa,
ileso quadro verde de letras borradas,

do lado de fora grilos cantores
em meio fio de mato do pátio,

e ela nem notou minha ausência,
sabendo que eu sinto falta da sua maneira de me encantar
em sua língua castelhana de pouca rima,

a espera de um toque na troca de aula,
para encontra-la no corredor e olhar em seus olhos
para mais uma vez levar para casa este desejo,

ela me encanta com seu jeito sedutor,
seu olhar sempre viveu nas estrelas,
mas suas mãos sempre estiveram aqui,

eu costumava a escrever rabiscos de amor
para coloca-los sobre sua mesa,
uma maneira de chamar sua atenção
e dizer que estou largado por acaso,

pobre garoto sonhador,

sentimentos infantis
estão presentes nas salas,

sentimentos reprimidos
querendo se apresentar nas linhas das mãos,

linhas que seguram minhas direções
e deixam marcas no corredor para sentir de novo
o desejo de vê-la passar em meu olhar aprisionado,

ela costumava a me olhar como se eu fosse diferente,
um sorriso lindo, um corpo quente,
nas cores que nos separam,

nos rabiscos de rima fraca e apaixonada
pouca tinta não faz diferença nos papeis,

mas eu vou olhar de novo em seus olhos
até que nossas mãos andem juntas,

e nossos pés estejam firmes no mesmo caminho.





LEANDRO OCSEMBERG

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

DOR QUE DEVERÁS SENTI



























São cores vazias
em telas de pintura inexistentes,

uma flechada imaginada ou um solavanco qualquer,
nas lágrimas desenhadas nas paredes,

sentimentos artificiais
surgindo do nada em um regrador lagrimal,

e ela está correndo de novo,
e ela esta marcando meu rosto,
deverás não ser assim sendo,

sentindo-te a todo tempo,

um pedaço de papel rabiscado
suportando todo o meu oceano,

entre linhas de paragrafo único
linhas ondulares em branco,

outra poesia rimada,
ou uma expressão dramática a se fingir,

e ela me faz chorar de novo,
e ela me põem de joelhos a implorar pelo socorro,

quebrando o sol artificial nas nuvens de algodão
do céu que eu mesmo fiz nas imaginações,

entre anos e anos,
apenas em outros olhares,
lágrimas estão se declarando,

impulsionado para frente, diante paisagens deslumbrantes,
mas ela não me deixa mentir,
e ela não me deixar fingir,

sentir agora é um desejo livre aprisionado em seu querer,
e meus olhos não param de agir,

tão húmidos e apaixonados,
tão cegos e vivos nas mãos do acaso,

tão real e tão viva,
faz parte de mim ser assim,

melancolico sentimental escritor de feridas.






LEANDRO OCSEMBERG.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

SÓ COM VOCÊ





















É apenas o barulho da chuva
bagunçando minhas ideias,

pela fresta da janela
eu vejo as luzes das ruas,

nenhum sinal de você por perto,

o fantasma da sua presença vaga pelo quarto
e me assombra na pele sem o seu toque,

a imagem do seu rosto no retrato
é uma sombra em meus pensamentos,


são pensamentos sem sentido em minha vida,
e todas as vozes em minha mente não dizem nada,

entre os anos que se passaram
os pedaços que sobraram dos sentimentos
ainda alimentam este desejo,


por que é só com você que sei o que é o amor,

a falta de suas mãos em meu rosto
em minha vida iludida e despida de prazer,

é uma folha caída ao chão de uma árvore qualquer,

eu imagino você entrando pela porta
mas é só o vento outra vez me atormentando,


você esteve ausente em meu olhar
mas você vive em mim,
a cada dia, a cada hora,

o teu perfume paira no ar
me conduzindo no caminho dos sonhos,

por que é só com você que o amor se realiza,
e faz o sentido das lágrimas não tocarem as feridas,

palavras solitárias,
eu tenho falado a sós com a solidão,

e tentado explicar ao meu coração sobre sua partida,

mas ele não quer aceitar a sua ausência,


por que você faz com que o amor o impulsione
a viver um pouco mais perto do paraíso dos seus braços.






LEANDRO OCSEMBERG

sábado, 25 de fevereiro de 2012

DENTRO DA CHUVA


















Eu vejo o nascer do sol
por entre as folhas verdes dos campos,

um fecho de luz da vida
nos caminhos que seguimos sozinhos,
na esfera da esperança de completar este vazio,

mas sem amor não há felicidade,

eu estou correndo dentro da chuva
pelas ruas desconhecidas,
e deixando para trás minhas lágrimas,

eu dobro a esquina
com pressa de ver de novo
o último raio do sol,

o brilho que vem dos seus olhos
que faz surgir em mim este desejo,

eu vou cair desta nuvem,
eu vou cair em seus braços,

eu vou tropeçar nos seus planos rabiscados
e surpreender seu coração
mostrando que sem amor não há felicidade,

eu estou fugindo para o alto
nas ventanias de suas asas próximo ao teu colo
em uma madrugada fria,

uma noite sem estrelas
é como um coração vazio,

eu quero me refugiar em seu carinho
e deixar meus olhos molhados quando
você dizer que sim, que não estamos mais sozinhos,

eu vou cair desta nuvem
como uma chuva que banha teu corpo,
e acender a chama do amor pelas ruas,

eu vou me queimar na chama,
e deixar as cinzas pelo ar,
para provar que sem amor não há felicidade,

nós ainda estávamos sonhando,
fora de nossas razões,
nós entregamos nossos corações
devolvidos pelo acaso roubado de nós,

sentimentos refeitos
pela poeira do passado,
é um tipo de mágica,

é um tipo de mágica que vem das estrelas,

eu vejo o nascer do sol
encobrindo as estrelas,

um rastro quase apagado do passado
apenas dizendo que será um dia feliz,

eu vou cair desta nuvem,
eu vou cair desta nuvem diante do espelho
que reflete a imagem de nossas almas para te dizer,

que sem o amor não há felicidade.



LEANDRO OCSEMBERG.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O ÚLTIMO SINAL





















O sol esta vindo,

mas não na mesma direção,
tão certo no centro do olhar da atmosfera
que conjuga toda a nossa decisão,

caminhos desaguados,
secas em labaredas de fogo,
nunca houve nada que pudesse durar tanto assim,

em lágrimas corpos caindo
em lágrimas palavras borradas
nos lábios de Jesus Cristo,

desmontando nossas armaduras,
conduzindo nossos desejos em desenhos de amarguras,

nos devorando pouco a pouco
é este o último sinal,

pintado em sangue
o rosto do guerreiro,
forjado no nome de um Deus e seus segredos,

e talvez possamos viver de novo
e talvez sentiremos de novo sem medo de nos perder,

bolas de fogo desenhadas em projetos medíocres
de criadores mortais e insanos,
uma reviravolta contra sua própria história,

por que as mentiras são os seus ideais,
seus ideais são suas vitórias
fracassadas na sua própria história,

criando sua salvação na madeira e no aço,
chora como um menino sem força
acorrentado sem laço,

afogado em sua agonia
desesperado não há pra onde fugir,
suas feridas são o caminho trilhado
nas mãos de quem sabe mentir,

é este o último sinal,
bebes criados com raiva
estendidos como roupas no varal.







LEANDRO OCSEMBERG.

QUANDO DIGO TE AMO























Está noite,

as estrelas parecem estar longe,
e o silêncio outra vez me fala de amor,

por que eu ainda me lembro
quando o amor contornou seu sorriso
e me fez prisioneiro de suas virtudes,

eu sei baby,
é difícil acreditar que somos o próprio amor,

o medo é uma estrada estranha
que faz curvas entre montanhas perigosas,
mas temer agora é deixar escapar nossas alegrias,

são sonhos nas paredes verdes
de folhagem plástica nas estradas dos sentimentos,

ou estamos firmes, ou já escapou de mim
em cada lágrima lembrada que se foi,

por que se o amor fosse um abismo
todos se jogariam sem medo algum,

como o oceano e suas ondas tocando as areias,

quando digo te amo pode ser simples palavras,
mas significam algo que toca seu interior e mexe
no profundo de seus segredos,

são apenas desejos nas paredes dos ventos,
ou ele te leva ou te arrasta nas correntezas,

o amor é o limite entre o céu e o inferno,
ou amamos para juntos estar ou simplesmente.. desapareceu,

a lua não faz seu encanto solitária,
não haveria razão para o brilho das estrelas,

por que por mais que esteja lá,

se eu não te tocar o amor nunca existiu,
e nossos sonhos jamais seriam verdade,

como o sol da vida a lua
nossas vidas não teriam sentido nenhum.







LEANDRO OCSEMBERG

COMPLETO E ABSOLUTO





















Eu nunca vi o céu tão azul
como esse seu olhar tocando em mim,

em outro romance falho
as dores ganham vida,
procurando o conforto do meu coração
e transforma-lo no mar de tristeza,

ou andamos de mãos dadas
ou estamos só na longa estrada,

no olhar realçado carregado e distraído
o encontro de um nada em suas mãos,

eu nunca sonhei que seria assim,

só eu e você,
por onde quer que possamos passar,
o amor é um lugar onde quero estar,

uma maneira de provar que estou sonhando,
quando você me olha com seu jeito de me seduzir,

eu me despertei deste medo
onde estrelas arrastam minhas ideias
e formam todas as obras dos sentimentos,

um desejo completo e absoluto,

por que onde possa estar sua presença
eu há sinto aqui, tão perto, e tão viva,

eu mal conheço o destino dos sonhos
mas eles se tornam certos no calor de teu colo,

revelando os segredos da felicidade,

e eu nunca imaginei que fosse assim,
encontrar no brilho dos seus olhos uma razão para sonhar,

tão completo e absoluto é o prazer de te amar.






LEANDRO OCSEMBERG

sábado, 18 de fevereiro de 2012

NA LUZ DAS ESTRELAS II



























É apenas um caminho estreito
e onduloso em arranha céus amarelos,

um caminho entre campos de estrelas
que brilham no seu olhar,

tão simples, tão puro e ingênuo
no desejo de amar,

sonhando outra vez com seu rosto,
nas miragens de minhas angustias e saudades,

um rio puro flui nas intenções
e desaguam no oceano das esperanças,

no brilho das estrelas
eu quero borrar toda dor,

no brilho das estrelas,
eu quero provar do amor,

e passar o tempo
lembrando dos momentos de nosso amor,

por que eu acho que você lembraria
de nossas noites carregadas de alegrias,

você sabe que nem toda dor
nasce no profundo de uma ferida,

eu desenhei uma flor
no espelho da cômoda
para que você sentisse minha falta,

eu preparei um desejo puro e verdadeiro
para um sonho único eterno e esplendido,

por que no brilho das estrelas
eu vejo a luz que me leva no encanto,

na luz das estrelas
eu sigo o sinal do amor que sempre estive querendo,

um amor para recordar enquanto estamos vivendo.





LEANDRO OCSEMBERG

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

UM LUGAR PARA AMAR






















Portas fechadas,
o sol esta fugindo para longe,

eu sabia de seu esconderijo, mas..

é uma lágrima desabitada,
coisas simples foram deixadas,
sonhos rabiscados, outra vez planejado no olhar,

nós conhecemos o amor
como as palmas de nossas mãos,

nós sentimos muito, por que pouco
é o suficiente para se entregar,

que diferença há no olhar?,
ou estamos vendo apenas corpos?,

feche seus olhos e me diga,

você sente as lágrimas, você senti o calor,
coisas simples confundidas com a dor,

este é um lugar de escolhas ou decisões?
é este o lugar que vive o perfume de nossas emoções?,

eu encontrei uma razão pela qual se vive,
por acaso em um desfecho nas palavras
algo quebrou em mil pedaços sua mente?,

este é um lugar para nos amarmos,
sua beleza é uma arma vitoriosa em tão pouco tempo de glórias,

este é o lugar de nossas caminhadas,

pela manha, é o sol em seu olhar e o oceano em seu corpo,
por que no final da estrada, iremos juntos segurar um ao outro,

fora de nossas virtudes e purezas,
nas lembranças de nossa juventude e nossas certezas,

o amor é simples, e não confuso,
o amor sou eu ou você e não nossas aparências
desenhadas no quadro da parede do mundo,

este é o lugar,
o lugar do amor e suas virtudes,

é este o lugar do sentimento mais profundo.





LEANDRO OCSEMBERG

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

NA LUZ DAS ESTRELAS




















Enquanto o sol surge
depois de outra noite vagante,

as lembranças das estrelas ainda é o despertar,

eu vejo o silencio no ar,
nas horas marcadas no ponteiro,

e o canto dos pássaros é como a chaleira assobiando
para o coar do café que se põem a mesa, solitária e vazia,

parece que foi ontem,
sua presença ainda vive em mim,

por que o oceano sempre traz a lembrança do seu corpo aqui,

eu vejo nas pétalas suas lágrimas,
eu jamais quis ferir seu orgulho,
mas eu nunca deixei o medo fugir,

sonhando com seu sorriso
em longa noite estrelada
a luz das estrelas me lembram seus olhos,

um sinal que você ainda vive em mim,

mas a incerteza apaga o caminho,
e outra vez eu me jogo nas lembranças de amor e carinho,

eu apenas imagino, as linhas do seu rosto,
toda vez que acordo e te procuro
do outro lado da cama,

no rabisco escuro e intenso no céu
a lua é tão solitária,
quando o sol a toca a distancia,

é como se o amor fosse uma ingênua criança
buscando uma razão para se encontrar,

e você sabe o quanto é difícil
ficar sem você, nas horas tediosas,

mas parece que foi ontem
que você entrou pela porta
e fez meu mundo ganhar seu giro natural,

uma forma de viver de novo o eterno,
uma maneira de sorrir sem motivos para acreditar
que somos realmente duas partes únicas que se pertencem,


na luz das estrelas eu busco o seu amor,
e nos ventos que tocam-me o rosto
através dos altos montes,

eu penso e peço no silêncio
que algo me leve de volta a encontrar o seu amor.













LEANDRO OCSEMBERG

sábado, 11 de fevereiro de 2012

ENTRE A CRUZ E A ESPADA





















Estamos loucos,
ou apenas emancipados?

morrendo aos poucos antes do dia nascer
estamos morrendo trucidados,

falsas luzes em caminhos forjados,
confessando nossos pecados,
é uma lavagem cerebral nos olhos,

escravos de si mesmo,
hipnotizados pelo poder superior,

nosso poder de superioridade,
em suas mãos somos bonecos de cera,

auto estima, um comprimido saudável,

alimentados em pratos de transgressão
nas migalhas da rizada do diabo,
mas a espada não fere o lobo em pele de cordeiro,

é uma miragem está imagem no olhar,
o arrependimento não irá selar nossos destinos,

sacar minha arma e acertar sua caixa de ideias,
não o fara de novo, nas linhas de sua mãos,
suas leis serão nossos leitos imortais,

nossas consequências,
nossas mentiras,

nossas dores,
nossas fantasias,

se levantar a atingir seu objetivo
é se jogar na vitória do alto de um abismo,

o sangue não hesitará,
manchando o corpo e provando do fogo
que nos aquece e mantem a vida,

entre a cruz e a espada, no lago de nossas destruição.







LEANDRO OCSEMBERG