terça-feira, 24 de julho de 2012

MÚRMURO





















Cansei de sonhar
e declarar romantismo,
vou me jogar na noite
e me sentar na beira do abismo,

as palavras mudam o sentido
e sempre mostram o que não vejo,
e na tristeza esta hora dura mil anos
dentro da tempestade que não semeio,

ouço vozes tão mudas e silenciosas,
sinto a pele fria em uma vida duvidosa,

me agarro a dor que me fora invadida
e jogo pelo ar todo o meu instinto,
pelo cansaço sou dominado
pela mentira sou mal resolvido,

minhas lágrimas brilham pela manha
de um sussurro qualquer da noite,
a farra é uma distração que assola
como uma dor de um açoite,

múrmuro em mim a sabedoria
que me fora injetada,
galopo com a dor do abraço
que me fora tirado no meio da estrada,

a esperança esta perto
quando não a vejo,
sinto suas ventanias
no olhar de minha brisa que esta desaparecendo,

canto agora em silêncio dentro de minha dor,
olho, disfarço mas não almejo a distancia que me causa tamanho furor .




LEANDRO OCSEMBERG

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