sábado, 3 de setembro de 2011

NOS PORTÕES DO PARAÍSO


























Paraíso,

derrame seu espírito sobre mim
crucifique meus erros,
eu sou um homem que não apreciei o mundo,
em sua vaidade pagã e seus deleites,

eu escolhi ser bom, para não sangrar a pele
e quebrar os ossos dos meu opressores,

tudo é tão irreal, vendo a chuva cair nos olhos
deixado na miséria daqueles que acreditam ser
donos de suas razões e certezas,

é uma conspiração uns julgando os outros,
eu me lembrarei de suas armas cuspindo fogo e jorrando lágrimas
passando pelos portões do paraíso,

eu citarei suas palavras de injuria e calunias
sem questionar que sou ou fui melhor,
levando minha juventude no tempo
como uma criança inocente e ingênua,

agora é a sua face que eles imploram na tempestade
que se invoca na angustia e desespero,
e eu nem lhe perguntei sobre a beleza da morte
sempre que se quer viver assistindo suas feridas,

eu dei tudo de mim, no sorriso, no olhar,
e o amor que eles tiveram para criar seus assassinos
e psicopatas se crucificando por nenhum pecado,

com o nascimento de suas alegrias
rapidamente se esquece a semente das feridas,
brotando em cada palavra de enganação
expelindo suas folhas entre citações de mentiras,

em algum lugar, dentro da alma
o incompleto os toma em suas razões,
apontado o dedo em sua face sem caráter
condenando as atitudes do coração,

querendo inverter a vida em suas glórias
se transformando em um mendigo,
seus corpos não são nada
sem luz és o teu espírito,

e sempre esteve destrancada as portas
e os portões do paraíso.






LEANDRO OCSEMBERG.

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