Paraíso,
derrame seu
espírito sobre mim
crucifique meus
erros,
eu sou um homem
que não apreciei o mundo,
em sua vaidade pagã
e seus deleites,
eu escolhi ser
bom, para não sangrar a pele
e quebrar os ossos
dos meu opressores,
tudo é tão irreal,
vendo a chuva cair nos olhos
deixado na miséria
daqueles que acreditam ser
donos de suas
razões e certezas,
é uma conspiração
uns julgando os outros,
eu me lembrarei de
suas armas cuspindo fogo e jorrando lágrimas
passando pelos
portões do paraíso,
eu citarei suas
palavras de injuria e calunias
sem questionar que
sou ou fui melhor,
levando minha
juventude no tempo
como uma criança
inocente e ingênua,
agora é a sua face
que eles imploram na tempestade
que se invoca na
angustia e desespero,
e eu nem lhe
perguntei sobre a beleza da morte
sempre que se quer
viver assistindo suas feridas,
eu dei tudo de
mim, no sorriso, no olhar,
e o amor que eles
tiveram para criar seus assassinos
e psicopatas se
crucificando por nenhum pecado,
com o nascimento
de suas alegrias
rapidamente se
esquece a semente das feridas,
brotando em cada
palavra de enganação
expelindo suas
folhas entre citações de mentiras,
em algum lugar,
dentro da alma
o incompleto os
toma em suas razões,
apontado o dedo em
sua face sem caráter
condenando as
atitudes do coração,
querendo inverter
a vida em suas glórias
se transformando
em um mendigo,
seus corpos não
são nada
sem luz és o teu
espírito,
e sempre esteve
destrancada as portas
e os portões do
paraíso.
LEANDRO OCSEMBERG.
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