Passos vagos,
em ruas de céu
escuro e vazio,
quando o vento
sopra
seus lábios é a
lembrança que me vem,
seu olhar faz
despertar o amor em mim
encantador e
leviano
sem nenhuma chance
de escapar,
e eu não me
importo com o tempo
na distancia tão
pobre e vadia
de noites perdidas
que você festeja,
uma mulher mal
amada
que nunca soube o
seu lugar,
uma mulher mal
amada
que nas migalhas
quer o amor encontrar,
eu sairia esta
noite,
um garoto pobre e
sonhador,
e ela sabe tanto
sobre estas coisas,
mas eu não tenho
um farrapo no bolso
e ela é tão bonita
que vai se preocupar,
ela devolveu as
alianças
chorando suas
dores pelo caminho,
ela se diz uma
criança mas é dona
do seu próprio
destino,
num vale desolado
sua natureza é ser
da flor o espinho,
uma mulher mal
amada
que só se preocupa
com o bonito,
em relógios de
ponteiros vazios
a compressibilidade
de sua vida,
eu sairia esta noite,
um garoto pobre e
sonhador,
e ela sabe tanto
sobre estas coisas,
mas eu não tenho
um farrapo no bolso
e ela é tão bonita
que vai se preocupar,
e seu desprezo
fara de mim um homem.
LEANDRO OCSEMBERG
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