segunda-feira, 19 de setembro de 2011

MULHER MAL AMADA

















Passos vagos,
em ruas de céu escuro e vazio,

quando o vento sopra
seus lábios é a lembrança que me vem,

seu olhar faz despertar o amor em mim
encantador e leviano
sem nenhuma chance de escapar,

e eu não me importo com o tempo
na distancia tão pobre e vadia
de noites perdidas que você festeja,

uma mulher mal amada
que nunca soube o seu lugar,
uma mulher mal amada
que nas migalhas quer o amor encontrar,

eu sairia esta noite,
um garoto pobre e sonhador,
e ela sabe tanto sobre estas coisas,

mas eu não tenho um farrapo no bolso
e ela é tão bonita que vai se preocupar,

ela devolveu as alianças
chorando suas dores pelo caminho,
ela se diz uma criança mas é dona
do seu próprio destino,

num vale desolado
sua natureza é ser da flor o espinho,
uma mulher mal amada
que só se preocupa com o bonito,

em relógios de ponteiros vazios
a compressibilidade de sua vida,

eu sairia esta noite,
um garoto pobre e sonhador,
e ela sabe tanto sobre estas coisas,

mas eu não tenho um farrapo no bolso
e ela é tão bonita que vai se preocupar,

e seu desprezo fara de mim um homem.






LEANDRO OCSEMBERG

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