Desperte-me do sono,
esta noite durará
mil anos
em uma vida
infeliz e curvada
em estradas que
não levam há lugar algum,
você sussurra em
meus ouvidos
palavras de medo
como
nuvens vagantes
solitárias ao céu,
na lâmina da
espada
escorre o sangue
dos perdedores,
o suor corre pelo
rosto cansado
dos vitoriosos
vencendo seus horrores,
em poças de sangue
nos campos verdes
dos seus sonhos,
tudo se vai em
seus olhos
e você quer tocar
o céu,
noite a dentro na
ventania
seus passos largos
e duvidosos,
você tropeça em
pedras de sua imaginação
desenhando sua
história nas arvores
de uma floresta
com monstros de sua própria criação,
desperte-me do
sono
abrindo a porta
dos meus olhos,
ejetando
velocidade em meu coração,
toque-me o rosto
como o sol
quer ser em mim
tão quente e real,
o medo ficará na
estrada
derramado pelos
seus olhos,
a certeza brilha
em seu sorriso
no reflexo dos
rios que levam adiante
no despertar da
coragem em ceder,
entregue o seu
orgulho
ao vento da
mudança,
em rios que banham
espíritos sofridos.
LEANDRO OCSEMBERG
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