segunda-feira, 26 de setembro de 2011

DESPERTAR





















Desperte-me do sono,
esta noite durará mil anos
em uma vida infeliz e curvada
em estradas que não levam há lugar algum,

você sussurra em meus ouvidos
palavras de medo como
nuvens vagantes solitárias ao céu,

na lâmina da espada
escorre o sangue dos perdedores,
o suor corre pelo rosto cansado
dos vitoriosos vencendo seus horrores,

em poças de sangue
nos campos verdes dos seus sonhos,
tudo se vai em seus olhos
e você quer tocar o céu,

noite a dentro na ventania
seus passos largos e duvidosos,
você tropeça em pedras de sua imaginação

desenhando sua história nas arvores
de uma floresta com monstros de sua própria criação,

desperte-me do sono
abrindo a porta dos meus olhos,
ejetando velocidade em meu coração,

toque-me o rosto como o sol
quer ser em mim tão quente e real,
o medo ficará na estrada
derramado pelos seus olhos,

a certeza brilha em seu sorriso
no reflexo dos rios que levam adiante
no despertar da coragem em ceder,

entregue o seu orgulho
ao vento da mudança,

em rios que banham espíritos sofridos.






LEANDRO OCSEMBERG

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