Na ferroada da paixão
o sangue brota em
leve ferida,
a
dor não é nada,
a morte a dona da
vida,
toque-me
profundamente,
em chamas de fogo
ardente
e minha alma se
eleva,
rasga-me o ser
do pó onde
tornarei a ter
profunda dor que
se manifesta,
olhe, sinta
mas não finja,
a
ventania não acabou
procure, encontre
as feridas
a qual o
sangue não estancou,
sabes bem que bem
sou assim,
onde nuvens negras
derramam lagrimas
e as flores morrem
em teu olhar,
o desgosto agora
me abraça
e não há
para onde fugir,
o amanhecer se
tornou uma desgraça
nas mãos de
quem sabe mentir,
agora sopra o
desentendimento
nos lábios da
sabedoria,
no céu estás
ocultado o segredo
no desaparecimento
de nossas vidas,
onde veremos face
a face a verdade.
LEANDRO OCSEMBERG