sexta-feira, 26 de junho de 2020
PRIMAVERA DE SANGUE
Desça de sua nuvem,
Acerte seu olhar triste em mim,
Nós estamos sem tempo para o amanhã,
Se as suas mãos pudessem
Se estender e segurar as minhas..
Você veria um coração de criança ferido,
Desça de sua nuvem,
E venha ver como as feridas são arquitetadas,
Nós éramos vivos,
Nós tínhamos a conexão,
Nós estamos sem tempo para o amanhã,
Todos querem esquecer,
Mas você sabe que nunca foi fácil,
Acerte seu olhar triste em mim..
rabiscando sentimentos..
A estrada tem curvas que não levam a lugar nenhum,
Nós estamos sem tempo para o amanhã,
Dentro de uma tarde sem tempo para o chá..
Perdidos dentro das noites sem sono..
Nenhuma virtude desconfigura a fúria,
E assim nos declaramos sua invenção,
Desça de sua nuvem..
E veja como as palavras alimentam as guerras,
Um descuido, um desequilíbrio sentimental..
Um assassinato na primavera,
Desça de sua nuvem..
E venha sentir o quanto a dor tem
Suas portas destrancadas,
Observando pela fechadura,
Parece fácil suportar esse destino,
Acerte seus olhos em mim,
As lágrimas tem vozes que só os anjos conseguem ouvir,
Acerte seus olhos em mim..
Nenhuma virtude desconfigura a fúria,
Um descuido, um desequilíbrio sentimental..
Nós estamos sem tempo para o amanhã,
Nós esquecemos de recordar,
A taça está borrada na linha do tempo..
O seu vinho desagua na poeira,
Desça de sua nuvem..
Acerte seus olhos em mim..
Desça de sua nuvem..
E veja como transformamos tudo em inverno.
Leandro ocsemberg
segunda-feira, 4 de maio de 2020
PEDAÇO DE PAZ
Meus olhos estão caídos,
Tente perceber isto,
Chovia quando o sentimento foi contrariado,
Eu apenas pensei que fosse sem querer,
As vezes falta espaço para respirar..
As vezes falta se sentir livre destas grades,
Uma lágrima desregulada..
Se mistura no tempo
Quando seus movimentos bruscos amargam o amanhecer,
Meu casaco treme e se rasga..
Minha alma está na sua lista,
Meu casaco se desfaz..
Só de mim.. mal acostumado sem você,
Por um tempo eu lhe perdi,
Linda e suave em seus encantos,
Uma lágrima desregulada..
Um sabor perdido no desperdício do tempo..
Eu apenas tentei agarrar seus movimentos bruscos,
Só de mim mesmo..
Mal acostumado sem você..
Quando as folhas caem..
Seus valores de se tornam como plásticos artificiais,
E meu casaco se enrruga em meio às lágrimas
Que desafiam a gravidade do vento que você rascunha,
Chovia quando o sentimento foi contrariado..
Os jardins dançavam entre o tempo e seu olhar,
E eu observo pela janela quem desistiu e entregou o jogo,
Só de mim mesmo..
Tão solitário quanto o tempo,
Por um tempo eu lhe perdi,
Por um tempo lhe deixei escapar,
A dor tem seu gosto real
Meu pequeno pedaço de paz.
Leandro ocsemberg
segunda-feira, 13 de abril de 2020
ACORDE
O sol está amarelo,
Mas é a tempestade de suas manias
Que tem alagado aquele pequeno mundo de paz,
O sol está brilhando,
E eu observo pela janela,
Aquela pequena casa na montanha,
O rugido no portão em meio ao vento..
Sussurra o medo em suspiros da verdade
Que agoniza estrangulada entre cantos esquecidos,
Os homens estão matando..
E uma tristeza garimpa minha alma,
Os homens estão tramando,
Em acorde de vozes em paisagens neolíticas,
Uma tristeza garimpa minha alma..
E isto fere o meu desejo de justiça,
Eu observo pela janela..
Sua bondade é cruel e sombria,
Assim como o sorriso de uma criança
Se desmancha quando as lágrimas explodem..
Sua bondade é um abismo de solidão e tristeza,
O rugido no portão em meio ao vento...
Os homens estão tramando uma tragédia,
Um plano de traição e fúria,
O sol está brilhando..
E uma tristeza garimpa o ouro dos meus olhos,
Você consegue sentir isso?,
Eu observo pela janela..
Em acorde de vozes em prantos..
Os homens desfigurando a beleza da justiça,
Em acorde de vozes em paisagens neolíticas..
Aquela pequena casa esquecida,
O sol está brilhando..
Os homens estão tramando,
Eu irei partir sem ao menos conhecer a paz,
Eu irei morrer sem nunca ter conhecido a verdadeira face da justiça.
Leandro ocsemberg
quarta-feira, 18 de março de 2020
SENHOR CRIADOR
Você cria as linhas, palavras distorcidas,
assoprando a poeira, sua imagem brilha,
outra performance, conhecendo para te amar?,
senhor criador,
porque você esta chorando?,
é a sua semelhança, é a sua criação,
eu também já fui esquecido,
você aviva as palavras, sentimentos proibidos?,
então, nós à atiramos uns contra os outros,
solitário em sua nuvem, veja-me, quando caio ao chão,
senhor criador,
porque você esta chorando?,
é a sua semelhança, é a sua criação,
são desejos de superioridade, efeito da crueldade?,
eu também tive o meu coração partido,
eu costumava a dissolver meus joelhos ao chão,
no olhar, ainda lapidado, você cria as linhas,
eu lhe entreguei o meu tempo, sem medo?,
veja-me, solitário em sua nuvem,
senhor criador,
porque você esta chorando?,
é a sua semelhança, é a sua criação,
são desejos de superioridade, cobiça, maldade,
senhor criador,
por que você esta chorando?,
é o livre arbítrio de uma pobre opinião.
LEANDRO OCSEMBERG
segunda-feira, 9 de março de 2020
ALMA INOCENTE
Tire suas mãos de mim,
O ar está caro,
É inútil tentar fugir de si,
Estas lágrimas brilhantes não traduzem..
Estas lágrimas brilhantes não traduzem todo o sofrimento,
Ninguém pediu para nascer,
Mas seria igual deixar como está,
Uma fé esquecida ou manipulada
Para criar assassinos..
Diferente da ferida que você me causa,
O poder satisfaz o mais velho,
O poder trás medo, o poder conta as estrelas,
Mas não traduz o sabor da vida,
Ontem, as estrelas testemunharam,
Pensamentos de amor e vida,
Sem minutos para julgar..
Talvez eu perca esse tempo único,
Único para sorrir e sentir como o gramado verde é livre,
Ontem, as estrelas testemunharam,
Estas lágrimas, esta mesma lágrima que você causou..
É tão Igual a mentira que você conta..
E Tudo é tão igual a promessa da felicidade,
O poder satisfaz o mais velho,
Não me sufoque, não tire de mim o direito de chorar,
Não viole oque há de mais inocente em mim,
Essas lágrimas sangrentas não traduzem,
Diferente da ferida que você sentiu..
Alguma lembrança irá nos tocar,
Pensamentos de amor e vida..
Tire suas mãos de mim..
Tudo é tão igual a promessa da felicidade,
Estas lágrimas brilhantes..
Estas mesmas lágrimas sofridas,
Caem sobre o meu túmulo,
Tire suas mãos de mim,
Nada irá nos trazer de volta,
O poder satisfaz o mais velho,
Mas até mesmo o mais velho se rende ao fim dos tempos,
Paz e amor em jogo,
Alguma sinceridade foi destinada para isso,
Tire suas mãos de mim,
Eu não terei outra chance,
Nenhuma dinvidade vingará o meu sofrimento.
Leandro ocsemberg
terça-feira, 18 de fevereiro de 2020
SOL MORIBUNDO
Não há nada a ser feito?,
Nenhum sentimento construtivo?,
Seus lábios agitam a escuridão,
Como uma noite fria..
Seus lábios promovem tempestades,
Animais domesticados..
Rações em pratos..
Não há nenhuma razão para temer,
Não há nenhuma razão para governar,
Meu casaco está encharcado,
E eu tento secar meus ossos
Sobre este sol moribundo sem sorte,
Uma peste sem juros..
Um velho conhecido observado na estrada,
O deserto desta cidade...
É muito atraente quando falta o bajulador,
Sem apostador para expandir os negócios..
Atrasados em nossos orgulhos..
Eu tento não murmurar os impostos,
Por que assim..
Assim todos os prazeres começam,
É apenas uma morte certa e esquecida,
Sem apostador para expandir os negócios..
Um contrato mal assinado é um brinquedo certo,
O egoísmo é tão atraente quando não há razão para governar,
Sobre este sol moribundo sem sorte..
Um velho conhecido observado na sarjeta,
Rascunhando migalhas no deserto desta cidade,
Sem tempo para acreditar na verdade..
Sem suspiro para respirar e se libertar das feridas..
É apenas uma morte certa e esquecida,
Eu sou apenas mais um condenado pela ausência de justiça.
Leandro ocsemberg
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020
OSSOS CANSADOS
Não há para onde fugir,
Não há como esconder as lágrimas,
Enquanto a escuridão precisa de luz para existir..
Nenhum milagre receberá o seu nome,
Arrastando-se até que a morte lhe toque..
As pálpebras de um isolado coração congelado,
Buscando todo o teu charme e a sua divina graça,
Em repúdio sobre este casaco..
Escondendo trincas em ossos cansados..
Não há como esconder as lágrimas,
Vivido, sublime do que há em suas vestes..
Suspirando sobre os rastros de seus pés..
Teu sangue derramado traga a minha essência,
Buscando todo o teu charme e a sua divina graça..
As pálpebras de um isolado coração congelado pelas injustiças,
Arrastando-se, em repúdio sobre este casaco..
Em trapos de feridas que o amanhecer não cobre..
Nenhum milagre receberá o seu nome,
No cavalgar do tempo, um espaço vazio,
Encobrindo todo o orgulho ferido,
Enquanto a escuridão precisa de luz,
Buscando todo o teu charme e a sua divina graça..
Sobre os campos celestiais do paraíso..
Minhas esperanças me perseguiram,
Arrastando-se em repúdio sobre este casaco..
Que seus braços sejam a última bênção a me ser dada.
Leandro ocsemberg
domingo, 9 de fevereiro de 2020
OUTDOORS
Eu observo como as lágrimas desfiguram o seu rosto..
Desde que todos os dias são sempre os mesmos,
Conversando com o silêncio da noite..
Eu sinto as voz do riacho que contorna os cantos das casas,
Com sua brisa suave caindo sobre as pétalas das margaridas,
Eu abraço a solidão que murmura comigo..
Eles sitiaram a cidade de falso amor,
Escondendo feridas dentro do coração,
Eu puxo um leve trago do ar
Em meio a garoa que afoga os sentimentos..
Entristecido e confuso..
Outdoors desfiguram esperanças
Rabiscando entre os medos que a mente não conhece,
Eu posso ver como a dor sorri em sua montanha,
Eu ouço o riacho cantando..
Eu abraço a solidão que murmura comigo..
Eles sitiaram a cidade de falso amor..
Falso amor que não tem o seu nome,
Escondendo feridas dentro do coração..
Conversando com o silêncio da noite..
Entristecido e confuso..
Eu puxo um leve trago do ar
Observando os olhares estrangeiros,
Eu posso ver como a dor desenha o seu sorriso,
Em uma cidade sitiada de falso amor.
Leandro ocsemberg
segunda-feira, 27 de janeiro de 2020
MÍDIA - DIFERENTE DO QUE ELES ESCREVEM
Eu observo sobre as linhas dos horizontes..
São sete horas..
É uma tarde sem tragédias,
Sem transe para ligar o receptor..
Era só uma tarde sem problemas,
Encostado sobre a varanda..
A sombra que o sol desenhava,
As crianças correm pelas ruas,
Sorridentes..
Mas sempre.. em algum lugar.. as mentiras as machucaram,
São sete horas..
A noite será uma eternidade,
Eu tento saborear meu lado preservador..
Mas toda noite é uma entrevista sem a verdade,
As crianças correm pelas ruas..
Confiantes nos braços que as ergueram..
As crianças sorriem com esperança,
Sem medo das atitudes adultas,
São sete horas..
É um fim de tarde como outro qualquer,
Diferente do que eles escrevem..
Eu tento saborear o meu lado preservador,
Os pássaros fogem para o oeste,
Buscando o aconchego de seus ninhos..
Diferente do que eles escrevem..
Os pássaros choram com amor,
São sete horas..
Eu nunca vi um homem chorar..
São sete horas..
Os pássaros voam sem temer o vento da tempestade,
As crianças correm, sorriem,
Buscando o aconchego de seus corações,
Diferente do que eles escrevem..
São sete horas,
A vida é um desperdício sem a verdade.
Leandro ocsemberg
segunda-feira, 20 de janeiro de 2020
EXECUTIVO, LEGISLATIVO, JUDICIÁRIO
"Eles constroem essas mulharas,
Então..
Então não diga que eu me afasto",
Eles constroem essas pequenas estradas,
Beirando cachoeiras de lágrimas falsas..
Eles constroem essas mulharas,
Em meio a tempestade..
Gritos de súplicas..
A inocente essência perturbada..
A humanidade esquece a fé,
Eles constroem essas mulharas,
Sobre os cadáveres de crianças
Dividindo o céu em três,
Eles constroem armas de destruição em massa
Para ferir uma forma de vida primitiva,
Em meio a tempestade.. parece estranho a verdade..
Em meio a tempestade..
Diferente do que eles prometem..
Como pode parecer tão errado?,
E certamente o amor é difícil,
Uma tempestade surge na luz da manhã,
Sobrevivência ou dor..
As três artes dividindo o céus em três..
Gritos de súplicas..
Armas de destruição em massa..
Nas guerras..
A dor é diferente do que eles dizem,
Nas planícies onde Deus chora..
As três maiores artes humanas,
Como pode parecer tão errado..
Nas planícies onde Deus nos observa..
Uma luz surge na tempestade,
Diferente do que os homens prometem..
Dividindo o céu em três..
Sobrevivência ou dor..
Certamente Deus sentiria o calor do meu sangue,
Como pode parecer tão errado..
As três maiores artes humanas..
Diferente do que os homens prometem..
Nas planícies onde as lágrimas de Deus brotam..
Sobrevivência ou dor..
Eu descansarei minhas feridas no túmulo do justo..
Eu deixarei o meu corpo cair em confiança..
Nas guerras..
Diferente do que os homens prometem..
Certamente o amor é difícil..
Certamente acharemos o caminho da paz.
Leandro ocsemberg
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