segunda-feira, 13 de junho de 2011

INOCÊNCIA PERDIDA




















Poças d'agua, ilesas poças de dor,

tão profunda quanto a espada cravada
que soa na boca de um espirito enganador,

toda a ira e poder estão na morte,
na morte do seu corpo,

tão pecador e sangrento
seu suor é puro sangue,

e papai não esta aqui agora
para dar o sermão contra os meus erros,
ferir minha semelhança no coração
é apenas proteger meus ideais,

uma criança crescida e forte
criada sem carinho ou compaixão,

quando o sol nascia tocava as feridas,
feridas que nasciam na calada da noite,
e se tornavam a ira de sua destruição,

pais e filhos são iguais
mudando a maneira a qual se cria,
pais e filhos são animais
o espelho da alma, a dor da mesma ferida,

tão pecador e sangrento
seu suor é puro sangue,

um profeta já havia previsto
toda a discordância entre nós,
e na multidão alguém esta dizendo
doces palavras de uma tragédia anunciada,

quando éramos crianças, sonhávamos como tal,
na perda da inocência a visão da morte,

e papai não esta aqui agora
para dar o sermão contra os meus erros,
ferir minha semelhança no coração
é apenas proteger meus ideais,

pais e filhos são iguais
mudando a maneira a qual se cria,
pais e filhos são animais
o espelho da alma, a dor da mesma ferida,

dentro de casas fantasiadas em muros amarelos
com um jardim enfeitado em flores de plástico,
mamãe já havia ido trabalhar,

poças d'agua, ilesas poças de dor,
tão profunda quanto a espada cravada
que soa na boca de um espirito enganador.




LEANDRO OCSEMBERG.

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