Poças d'agua, ilesas poças de dor,
tão profunda
quanto a espada cravada
que soa na boca de
um espirito enganador,
toda a ira e poder
estão na morte,
na morte do seu
corpo,
tão pecador e sangrento
seu suor é puro
sangue,
e papai não esta
aqui agora
para dar o sermão
contra os meus erros,
ferir minha
semelhança no coração
é apenas proteger
meus ideais,
uma criança
crescida e forte
criada sem carinho
ou compaixão,
quando o sol
nascia tocava as feridas,
feridas que
nasciam na calada da noite,
e se tornavam a
ira de sua destruição,
pais e filhos são
iguais
mudando a maneira
a qual se cria,
pais e filhos são
animais
o espelho da alma,
a dor da mesma ferida,
tão pecador e
sangrento
seu suor é puro
sangue,
um profeta já
havia previsto
toda a discordância
entre nós,
e na multidão alguém
esta dizendo
doces palavras de
uma tragédia anunciada,
quando éramos
crianças, sonhávamos como tal,
na perda da inocência
a visão da morte,
e papai não esta
aqui agora
para dar o sermão
contra os meus erros,
ferir minha
semelhança no coração
é apenas proteger
meus ideais,
pais e filhos são
iguais
mudando a maneira
a qual se cria,
pais e filhos são
animais
o espelho da alma,
a dor da mesma ferida,
dentro de casas
fantasiadas em muros amarelos
com um jardim
enfeitado em flores de plástico,
mamãe já havia ido
trabalhar,
poças d'agua,
ilesas poças de dor,
tão profunda
quanto a espada cravada
que soa na boca de
um espirito enganador.
LEANDRO OCSEMBERG.
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