Folhas ao
inverno,
em caídas,
desgastadas em lágrimas,
folhas de
sentimentos partidos,
nos lábios
do vento,
sopra a
inquisição diplomática do viver,
como
acalantada chuva
é uma múrmura
no olhar alucinado em se envolver,
em simplicidade,
desperta-se
um vulcão,
fúria humana,
varredura de ódio,
quer se alastrar
ao açoite de colo,
mas não improvisas
como as flores,
em seu voo
noturno
lentamente
como a lua,
misturado ao
desatino de laços
se rompe na penumbra
da rua,
é uma múrmura
no olhar alucinado em se envolver,
desejo ou víscera
na pele
destroçaste
em enfurecer,
fúria
humana, tão germino-as em túmulos de padecer.
LEANDRO
OCSEMBERG
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