Enquanto meu espírito cruzava o inferno,
no final da ponte
eu vi um brilho forte,
tão imenso que eu
quase me ceguei,
a dor jaz do outro
lado do rio,
mas não tão
profunda como o olhar do anjo,
que estava a me
esperar no fim da cruzada,
ele iria me levar
de encontro ao criador,
eu perguntaria face
a face tudo o que me assola,
o por que de tanta
mentira, o por que de tantos erros,
mas eu nem sei por
que estou sangrando,
no fim da ponte eu
pode perceber,
o sopro divino do
livre arbítrio,
eu pode sentir a
presença do enganador,
eu nunca quis perder
o controle,
eu nunca quis
criar estórias,
eu nem me sentei a
mesa dos carniceiros,
em lágrimas voltei
na caminhada pelo inferno,
e cheguei até o
esconderijo do altíssimo,
mas antes passei
por um quarto de escuridão,
no meio da
caminhada o diabo tentou me convencer,
dentre o suicídio
ao poder,
suas ilusões, sua
magica, sua luxuria,
eu não pode me
iludir, eu fugi,
o sol surgia,
tocando o ouro e a prata
enchendo os olhos
dos admiradores,
um rio de água
cristalina surgia,
em seu leito, as
figueiras,
onde o rouxinol
cantava uma nova canção,
já estava tudo
decidido, Deus sabia o que tinha de ser feito,
meus joelhos sangram
esfolados ao chão,
meu espirito se
quebra como cristal,
e meu coração bate
fora do comum,
em minha frágil
visão,
eu ainda vejo o
rosto de um anjo,
mas não consigo
mais me conter,
mal posso ficar de
pé,
minha
respiração...nem se houve.
LEANDRO OCSEMBERG
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