quarta-feira, 19 de maio de 2021

CLÉRIGO



Vapor das lágrimas


Em um retrato sombrio
De pele e ossos cansados,
Disfarçando-se como ninguém..
Esconde-se a triste face solitária,

Com simples truques levianos,
Marcam a tempestade
No buraco profundo do coração,

Lentamente deixando-me,
O suspiro observa-me no vapor das lágrimas,
Eu estive procurando o que nunca vou encontrar,

Nós temos muito tempo para a ilusão,
Mas não temos nenhuma mão para nos segurar,

Em nossa queda mortal inevitável,
Os laços divinos desprezados em emoção,

No olhar..
Palavras que não curam a vida,
Nos lábios..
Lágrimas que semeiam feridas,

E as portas do céu selaram-se aos ouvidos que não gritam!


Leandro ocsemberg






 

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