sexta-feira, 21 de maio de 2021

CATITA II



Olhe em meus olhos..
Amigos e grandes amores,
Todos nós já passamos por isso,

Quebrando este silêncio..
Reduzindo esta distância..
A maior parte do tempo
Agimos como crianças,

Desde quando você se afastou..
Eu me tornei melhor,
Por que o nosso amor.. ainda esta vivo,

Quebrando este silêncio..
Você esta tão bonita em meus sonhos,
Reduzindo esta distância..
Em seus braços eu ainda me vejo,

No encontro de nossas mãos..
Entre nossas indiferenças..
Com um só sentimento..
Meu corpo repousa em teu colo,

Olhe profundamente em meus olhos,
Você sempre permaneceu em meu coração,

Quebrando este silêncio..
Reduzindo esta distância..

Seu amor é um doce encanto em paixão.


Leandro ocsemberg
















 

quarta-feira, 19 de maio de 2021

CLÉRIGO



Vapor das lágrimas


Em um retrato sombrio
De pele e ossos cansados,
Disfarçando-se como ninguém..
Esconde-se a triste face solitária,

Com simples truques levianos,
Marcam a tempestade
No buraco profundo do coração,

Lentamente deixando-me,
O suspiro observa-me no vapor das lágrimas,
Eu estive procurando o que nunca vou encontrar,

Nós temos muito tempo para a ilusão,
Mas não temos nenhuma mão para nos segurar,

Em nossa queda mortal inevitável,
Os laços divinos desprezados em emoção,

No olhar..
Palavras que não curam a vida,
Nos lábios..
Lágrimas que semeiam feridas,

E as portas do céu selaram-se aos ouvidos que não gritam!


Leandro ocsemberg






 

terça-feira, 18 de maio de 2021

PAREDES MOFADAS



Veja as pegadas pelo caminho,
Dentro de seu profundo olhar..
Eu estou acenando para a vida,

Sonhando, sangrando..
Eu estou deixando para trás
Todas essas feridas,

Em paredes mofadas
De longos desejos teatrais..
Eu rabisco um sol que não adormece,

Nestas terras estrangeiras
Onde se troca caridade por ouro..
Eu estou me despindo da dor,

Veja as migalhas pelo caminho,
Sobras de nomes sem rosto,
Batalhas de homens sem sorte,
Lágrimas de mulheres em seus desgostos,

Lutando e morrendo,
Sangrando e sofrendo,

Em paredes mofadas..
Eu estou acenando para a vida,
Sem nenhum sorriso para chamar de meu lar.


Leandro ocsemberg







 

sábado, 15 de maio de 2021

SENHOR ESCRITOR III




   Caminhos de sangue


Você os notou..
Outra mania para se divertir
Com seus jogos proféticos?,

Assassinando sua imagem
Para lhe substituir..
Com seus brinquedos atômicos
E artilharias de carnificina,

Senhor escritor,
Você esta sozinho em sua nuvem,
Contabilizando em seu livro com linhas de sangue,

Você lacrimeja o desprezo
Que revela o seu silêncio divino,
Rabiscando sua inspiração
Para purificar o seu nome,

Senhor escritor,
A miséria encara nos olhos..
A guerra destroça os corpos..

Diga como é,
Faça como se faz,
Morrendo todas as noites
Para imaginar um recanto no paraíso,

Assassinando sua imagem
Para lhe substituir..
Com seus brinquedos atômicos
E artilharias de carnificina..

Senhor escritor..
É a arte divina de sua criação.

Leandro ocsemberg 

 

segunda-feira, 10 de maio de 2021

FOGO E ÁGUA



As vezes tenho vontade de chorar
Quando sinto falta do seu amor,
Eu poderia me evaporar
Com todo o seu calor,

Mas não houve está fusão,

As vezes.. tenho pensamentos
Que não deveriam existir,

Você está em mim
E eu não quero insistir,

As vezes tenho vontade de sorrir
Quando me lembro do teu sorriso,

Do seu jeito meigo,
Do teu olhar profundo e infinito,

Mas estou afogado em meu próprio desejo,

As vezes tenho vontade de te procurar
Para saber se você está bem,
Se um abraço seu pode me dar,

Onde você está??,

Muitas vezes eu me esqueço
Que você não se importa comigo,
Mas tudo bem, isso acontece
Na vida de um peregrino,

Antes da sorte
Existem ventanias e tempestades,
Eu lutarei, mas...


LEANDRO OCSEMBERG

 

sábado, 8 de maio de 2021

DESAJEITADO



Almas vazias..
Forjadas nas mãos da cólera..
Dentro de vasos sem ar
Regrados ao remorso,

A empatia vomitada por capricho
Reduz a minha breve estadia,

A miserável compaixão doada
Borra o meu nome do livro da vida,
Sangrando na engrenagem dos incapacitados..

Rostos revestidos de superioridade,
Se você não suporta a verdade..
Tente se matar esta noite,

É o meu jeito desajeitado,
Eu jamais deixei o abismo me possuir,
É o meu jeito desajeitado,
Eu me embriago de tristeza para tentar ser feliz,

Todo dia..
As pessoas mendigam amor,
Desejando um pouco de reciprocidade como troco..

Todo mundo fingi estar sorrindo,
Por que por dentro.. estão todos com medo,
A empatia vomitada por capricho..
A miserável compaixão doada..

É o meu jeito desajeitado,
Eu faço companhia ao amor ferido,
E se você não consegue encontrar uma solução..

Não tente compreender os planos divinos.


Leandro ocsemberg








 

quinta-feira, 6 de maio de 2021

ESCULPINDO-SE




São dias sem cores,
Dentro de corações sem amores,
As verdades são todas mentiras,
Uma mania para fugir de si mesmo?,

Nestas páginas cheias de sangue..
Eu ouço a sua voz,
Eu sinto a sua presença no ar,
Mas no fim.. todos estamos sonhando,

Dizem que a dor é divina,
Que a vida é mais bonita
Quando se tem o que guardar no coração,

São dias sem cores,
Esculpindo-se para desmoronar
Na poeira encharcada de solidão..

Se distraindo e culpando
Para encontrar alguma redenção..
É a arte da sua criação,

Nestas páginas cheias de mortes
Escritas com lágrimas escuras..

Dizem que a vida é bela,
Mas não para quem chora sobre a luz de velas acoado pelos cantos dos egoísmos,

São dias sem sentimentos verdadeiros,
Esculpindo-se para adormecer eternamente..
Sua imagem brilha no esquecimento,

Por que no fim..
Estamos todos se despedindo.


Leandro ocsemberg










 

quarta-feira, 5 de maio de 2021

VERMES



É mais um dia inútil,
Outro dia com a alma assaltada,

Com ânsia do tempo desperdiçado..
Vermes fingem sentimentos
Em seus quintais sem vida,

Supostamente..
Tudo o que tenho..
Tudo o que vejo..
Nada me pertence,

Inspirações quebradas
Os rodeiam com o tom
De longas e frias madrugadas,

Vermes que fingem sentimentos..

A dor não significa nada
No falso sorriso deste circo,
As lágrimas não são claras
Quando parte da verdade é só um cisco,

Declaradamente..
Atiram em suas próprias cabeças
Com falsa suástica mortal delirante,

Das feridas nas mãos
Com os pés desbotados..

É mais um dia inútil permanecer aqui.


Leandro ocsemberg