terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

SOL MORIBUNDO




Não há nada a ser feito?,
Nenhum sentimento construtivo?,

Seus lábios agitam a escuridão,
Como uma noite fria..
Seus lábios promovem tempestades,

Animais domesticados..
Rações em pratos..
Não há nenhuma razão para temer,

Não há nenhuma razão para governar,

Meu casaco está encharcado,
E eu tento secar meus ossos
Sobre este sol moribundo sem sorte,

Uma peste sem juros..
Um velho conhecido observado na estrada,
O deserto desta cidade...
É muito atraente quando falta o bajulador,

Sem apostador para expandir os negócios..
Atrasados em nossos orgulhos..
Eu tento não murmurar os impostos,

Por que assim..
Assim todos os prazeres começam,
É apenas uma morte certa e esquecida,

Sem apostador para expandir os negócios..
Um contrato mal assinado é um brinquedo certo,
O egoísmo é tão atraente quando não há razão para governar,

Sobre este sol moribundo sem sorte..
Um velho conhecido observado na sarjeta,
Rascunhando migalhas no deserto desta cidade,

Sem tempo para acreditar na verdade..
Sem suspiro para respirar e se libertar das feridas..

É apenas uma morte certa e esquecida,
Eu sou apenas mais um condenado pela ausência de justiça.



Leandro ocsemberg







sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

OSSOS CANSADOS



Não há para onde fugir,
Não há como esconder as lágrimas,
Enquanto a escuridão precisa de luz para existir..

Nenhum milagre receberá o seu nome,

Arrastando-se até que a morte lhe toque..
As pálpebras de um isolado coração congelado,
Buscando todo o teu charme e a sua divina graça,

Em repúdio sobre este casaco..
Escondendo trincas em ossos cansados..
Não há como esconder as lágrimas,

Vivido, sublime do que há em suas vestes..
Suspirando sobre os rastros de seus pés..
Teu sangue derramado traga a minha essência,

Buscando todo o teu charme e a sua divina graça..
As pálpebras de um isolado coração congelado pelas injustiças,

Arrastando-se, em repúdio sobre este casaco..
Em trapos de feridas que o amanhecer não cobre..
Nenhum milagre receberá o seu nome,

No cavalgar do tempo, um espaço vazio,
Encobrindo todo o orgulho ferido,
Enquanto a escuridão precisa de luz,

Buscando todo o teu charme e a sua divina graça..
Sobre os campos celestiais do paraíso..
Minhas esperanças me perseguiram,

Arrastando-se em repúdio sobre este casaco..
Que seus braços sejam a última bênção a me ser dada.



Leandro ocsemberg

domingo, 9 de fevereiro de 2020

OUTDOORS




Eu observo como as lágrimas desfiguram o seu rosto..
Desde que todos os dias são sempre os mesmos,

Conversando com o silêncio da noite..
Eu sinto as voz do riacho que contorna os cantos das casas,
Com sua brisa suave caindo sobre as pétalas das margaridas,

Eu abraço a solidão que murmura comigo..

Eles sitiaram a cidade de falso amor,
Escondendo feridas dentro do coração,

Eu puxo um leve trago do ar
Em meio a garoa que afoga os sentimentos..
Entristecido e confuso..

Outdoors desfiguram esperanças
Rabiscando entre os medos que a mente não conhece,
Eu posso ver como a dor sorri em sua montanha,

Eu ouço o riacho cantando..
Eu abraço a solidão que murmura comigo..

Eles sitiaram a cidade de falso amor..
Falso amor que não tem o seu nome,

Escondendo feridas dentro do coração..
Conversando com o silêncio da noite..
Entristecido e confuso..

Eu puxo um leve trago do ar
Observando os olhares estrangeiros,
Eu posso ver como a dor desenha o seu sorriso,

Em uma cidade sitiada de falso amor.

Leandro ocsemberg