sábado, 5 de fevereiro de 2011

BONECA DE PORCELANA

















Tempos de guerra, o sol já se põem
sobre a poeira de um vendaval,
feridas cicatrizam, as marcas persistem,
Deus esta observando,

ela é uma garota desiludida
que foi amada como o vento,
frustrada com seu cupido,


ele é apenas um sonhador
que vê nas pessoas a chance
de um mundo bem melhor,

entre anos e anos,
seus caminhos se cruzam
como raios em um céu tenebroso,

quem poderia me emprestar suas chances
eu valorizaria cada segundo na noite,
pessoas não podem entender, Deus e seus planos,

como dois estranhos no paraíso,
olho a olho dentro de suas almas,
sonhos perdidos não trazem juízo,

a distancia eu a vejo,
tão quieta, tão sorridente,
retratos guardados de recordação,

loucos desvairados na noite,
não me roubam a atenção
minha cabeça segue baixa,

com o coração partido em dois
na esperança que estou amando,
que estou bem seguro,
não passa de uma ilusão,

sobre a chuva, sou apenas eu,
um senhor de uma noite qualquer,
algo assim sempre sessa, acaba,

é apenas a semelhança de um criador,
é apenas o desejo de se completar,
não se pode amar como os anjos,

não neste mundo, não neste tempo,

a noite esta mais escura,
o caminho a diante vai sumindo,
mas sempre esbarramos em pedaços
de bonecas de porcelana.




LEANDRO OCSEMBERG

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

QUARTO DE ESCURIDAO




















Quanto vale um suspiro?,
qual é o tamanho da dor?,
por que o amor é assim,
constrói nossos sonhos
e depois foge de nós,

eu quero tocar o céu pela manha,
eu quero voar no vento e dar de cara
com um muro tão alto, mas
tão alto quanto o universo,

águas passadas não movem moinhos
então é por isso que você não esta aqui,
eu nem notei sua ausência nas fotos,

eu não posso mais te esquecer,

eu afoguei meu coração
mas não pode deixar de notar,
seu rosto estampado nele,

eu só queria poder viver
este seu sorriso todas as manhãs,
e morrer todas as noites no oceano
que emerge dos seus braços,

eu ouço vozes em um quarto de escuridão,
eu sinto o medo mas não me contenho,
é sua ausência que me assola,

o barulho na escadaria,
eu sempre acho que é você chegando,
mas sempre estou enganado,

o telefone nem toca como antes,
a vidraça da sala estremece,
é apenas o vento, o silencio,

eu vejo uma nuvem negra no céu,
em um céu de dor,
eu só estava a te esperar,

abraçado ao travesseiro,
sigo noite a dentro,
em um quarto de escuridão,

onde sei que um dia seu perfume exalou
a mais profunda e envolvente sedução,
onde sempre sonhei com seu amor.




LEANDRO OCSEMBERG.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

NUNCA DEIXE DE SONHAR














Já era tarde, o sol se escondia
atrás de montanhas, altas indecisões,
o frio vinha com a noite, duas almas solitárias,

uma nuvem negra surgia no leste,
pensamentos carregados de magoas,
no oeste, uma poeira se levanta,

em um pingo da chuva eu senti,
a sensação da liberdade,
mas até o mel mais puro azeda
em um recipiente sujo,

o espelho da alma se quebra sempre,
linhas retas se fazem ondular,
alguém esta nadando no seco,

uma razão para viver,
esta dentro dos nossos sonhos,
nunca deixe de sonhar,

qual a pele que se rasga
e não sangra a dor?,,
qual o coração que não bate
em busca de realizações??,,

que deus não curvaria seus
ouvidos para atender as
suplicas de um filho,

as vezes desejo nunca ter nascido,
por que fácil vem, fácil se vai
não diga que sou um sonhador,

todos o sonhos são iguais,
quem sonha mais alto que quem?,
que desejo é melhor que outro?,
somos todos iguais, veja,

há só um deus,
há só um poder,
o desejo é um só...

nunca deixe de sonhar.





LEANDRO OCSEMBERG