domingo, 26 de outubro de 2025

SEU SORRISO III


 


Eu observo as estrelas,

Tão solitárias na noite,

E eu não consigo evitar 

De pensar em você,


Cada gesto de sua mão..

Cada movimento de seu olhar..


O tempo passa despercebido,

O vento sussurra entre o desconhecido,


E tudo o que sinto neste momento.. 

É a falta do seu sorriso,


Eu tenho sido distante, 

Um pensamento solitário,

Vagando na ilusão 

De estar envolto aos seus abraços,


No vulto da noite,

O fantasma da sua ausência me assola,

O teu silêncio fere o meu coração como uma onda,


Eu tenho sido um garoto solitário,

Um homem profundamente apaixonado, 

Vivendo á sonhar 

Com o anjo mais lindo perto do paraíso,


E tudo o que posso dizer é;


Seu sorriso é tão lindo,

É a única lembrança que terei para recordar.



Leandro ocsemberg 

sábado, 6 de setembro de 2025

SINFONIA DA VIDA


 




Enquanto ouço o teu silêncio,

Arduamente.. minhas lágrimas borram as memórias,

E isto guerreia com minha alma,


Em meu moribundo corpo 

Trêmula o cavalgar do sangue,

Gélido como o vento na noite,


Pois eu nunca mais viverei nestes prados celestiais,


Em seus olhares perdidos,

Você se esqueceu do seu amor,

E sua criação se decompõe através das estrelas,


Em suas luxúrias

Agonizam aos prantos de lamentações,


Seus falsos profetas 

Estão sem desculpas,

E extraem toda a beleza de sua divindade,


Que milagre virá de qual adorador?,


Você me levou de mim mesmo

Com a sua magnífica unção,

Deixando fascinados 

Anjos perdidos, buscando pelas promessas de perdão,


Morreremos diante de teus olhos,

Afogados no lago fantasmagórico do pecado,


Nós nos perderemos 

Enquanto a sinfonia da vida desaparece.



Leandro ocsemberg 



sábado, 9 de agosto de 2025

NO CADÁVER DA JUSTIÇA


 



Onde estás, ó meu Senhor?,

Teu olhar paira além do véu?,


Em parábolas de luz escondida,

Vigias o clamor que o medo formou?,


A injustiça se ergue, soberana,

Como um ladrão que ronda os becos,

A ilegalidade, embriagada de poder,

Sufoca a verdade em seus ecos,


No rosto de uma criança,

Lágrimas gritam por justiça,

Faminta pela paz,

Sedenta por tua luz bendita,


No cadáver da justiça,

Lobos e abutres festejam  tragédias,


Enquanto inocentes, na escuridão caminham,

carregam no peito a chama da esperança,


Trêmula, como uma vela que não se apaga,


Haverá a sua intervenção?, ó meu senhor,


Como uma traição divina, assassinatos se tornaram rotina,


Como uma avareza divina,

A injustiça parece ter se firmado,


Desmoralizando a sociedade,

Estrangulando a dignidade, 

Como um barco naufragado,


Tua mão, que guia os céus,

Virá romper as cadeias da dor?,

Tua luz para purificar a bondade, e nos transbordar de paz e amor?,


Ouça, ó meu senhor,

O grito dos humildes 

Colidem fervorosamente contra os céus,


Haverá a sua intervenção?, ó meu senhor.


Leandro ocsemberg


segunda-feira, 4 de agosto de 2025

LAMENTAÇÕES


Eu..eu estou morrendo, 
E quem esta dizendo é o tempo,

Eu abro a janela e vejo uma planície de pele enrugada,
Outro mero capricho em um sorriso ao entardecer,

Eu.. eu estou sofrendo,
Mais nunca compreendo,

Qual é o pecado em amar de mais?,

Crianças estão chorando
Como se elas estivessem prontas para partir,

Sem ao menos poderem se despedir, 
Do olhar de quem às estavam amando,

Onde está errado querer um mundo justo?,
Onde está o crime desejar paz e amor ao mundo?,

Eu sou um tolo por ser sincero
E conhecer a pureza do firmamento das estrelas?,

Ou talvez um louco 
Por rascunhar sobre a alma e sua beleza,

Eu sou julgado por caminhar 
Na estrada da luz branca ofuscante,

Eu estou morrendo,
E o tempo é quem está dizendo,

E quem sabe por está tarde, 
Eu me encontre com o senhor 
Para uma última lamentação,

Pois eu não pertenço a isto aqui,
Nenhum de nós pertencemos a isto aqui.


Leandro ocsemberg 

sábado, 17 de maio de 2025

MUNDO LOUCO








Não chore esta noite,


Eles estão nos manipulando friamente,


E minha solidão sussurra em meio a tempestade de lágrimas..


Nós estamos sozinhos,

Nós sempre estivemos sozinhos,


Quando a cicatriz arde..

A face sombria deste mundo esta sorrindo,


E não é a primeira vez que fecho os olhos e deixo as luzes acesas,


É um mundo louco,


Durante toda a nossa vida,

Eu sempre soube que nada é para sempre,


Mas seu sorriso 

Desperta uma esperança estranha,


E em meio essa enxurrada de maldade humana..


Não chore esta noite,


É um rascunho do paraíso em nós,

Esta sedenta súplica por justiça,


Não chore esta noite,

Nada é para sempre,


Eu sempre soube..

Eu sempre acreditei,


Nós estamos sendo manipulados,

Eles estão nos enganando,


É um mundo louco,


E eu só me agarro aos sonhos mais bonitos que já tive,


Eu sempre soube..

Eu sempre acreditei..


O amor do divino 

Afigura a beleza mais íntima na solidão.


Leandro ocsemberg

sábado, 29 de março de 2025

MILAGRE



Pedras ensanguentadas

Lançadas contra a carne do tempo,

Entre o martelo da justiça e a bigorna do destino,


Peles ressequidas, sepultadas em esquifes mudos,

Traçam um coração ornado como um mausoléu,

E sob o véu de lágrimas errantes,

O Olhar eterno vigia, incansável,


Ele inscreve o justo e o torpe

Em tábuas que o mundo não lê,


Enquanto a terra se contorce e se desfaz,

Rachada por mãos cegas,


A noite desce gélida,

E eu, peregrino faminto,

Busco o prodígio flamejante,


Aquele que acenderá paz sobre os escombros,

Sorrisos frágeis, esculpidos em cinzas,

Afogam-se em abismos de melancolia,


Eis o que se oculta sob o disfarce do século:

Uma máscara rota, um grito silente.

E eu, ainda, clamo por um milagre,


A chama que trará amor às ruínas,

Que revele o amanhecer

Onde o fim se curva ao princípio.


Leandro ocsemberg


 

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

ESPÉCIE HUMANA


 


Assopre e fuja,

Esquecido, desprezado e empoeirado,

Isto não é,

Isto nunca será,


Nós tropeçamos,

Nós fracassamos,

Nossas orações colidem na parede,


Isto não é,

Isto nunca será,

Agora, outra vez tentamos 

E nossas emoções falharam,


Tudo aquilo que você disse

Para nunca nos sentirmos sozinhos..

Tudo aquilo que você prometeu 

Se esfarelando em egotísmo, 


Nós fracassamos,

As lagrimas e o sangue 

Não queimam os teus santo pés?,


Agora, mais uma vez imploramos,


Assopre e fuja,

Não se envergonhe do fracasso humano,


Sua descendência é uma espécie que deu errado no amor.


Leandro ocsemberg