domingo, 24 de dezembro de 2023

POEIRA


            


Eu não sinto suas mãos moribundas sobre meu túmulo,

Eu não ouço suas lágrimas de coração vazio,


Então nunca houve nada aqui,

nenhum lugar para chamar de lar,


Palavras estranhas 

que desaparecem no silêncio..

é o seu olhar distraído,


Por que somos tão estranhos

arquitetando o mesmo sentimento falso que preenche os olhos?,


Então você nunca esteve aqui,

Você nunca soube o quanto dói,


Eu não ouço os seus passos rangendo,

Sem o vulto das despedidas perdidas,


Por que somos tão iguais

dentro deste escuro da noite,


Nos perdendo aos poucos 

Como uma canção triste..

Que levanta uma poeira que nos divide.


Leandro ocsemberg