É pouco, é louco,
montanhas de corpos estraçalhados,
Da coroa do rei ao trono
decapitados, murmurando lamúrias de um povo escravizado,
Tirar-me ei da luz,
desprezeis tua singela alcatéia que com furor conduz ressentimentos,
és veneno nas palavras,
a virtude da bondade que sussurras ao relento,
tu dizeis, queres paz
com guerra infame,
és fera esfomeada sedenta por sangue,
tú cobiças vitória
pisoteando os fracos,
Em linhas douradas com seus trapos fantasiados de jóias,
podes ouvirdes agora?,
a alma que outrora fora morta dentro de ti?,
podes sentir-lhes agora?,
és a mesma proza,
utopia de glória ser feliz,
é pouco, é louco,
é o que és,
antes, depois e agora,
repousa em castelo de terra
que o tempo borra e leva embora.
Leandro ocsemberg