sexta-feira, 27 de setembro de 2019

CRUÉIS






Eu assisto as lágrimas voando
Em direção ao chão
Dentro de fissuras cruéis que o tempo desfigura,

Eu ouço o ranger da lança do destino
Alinhando a alma nas linhas das feridas
Dentro das palavras do sórdido reino de solidão,

Nós não fomos cruéis o suficiente?,

Sentimentos distraídos que choram o silêncio na face..
Aqui, neste lugar..
Ninguém está sentido a verdadeira paz,

Ninguém sentiu o verdadeiro significado do amor,
É apenas um hábito criar um corpo,
E despedaçar os sentimentos sorrateiramente,

Eu ouço o ranger da lança do destino
Nas lágrimas que brotam no sótão da alma,

Os céus não ouviram as lágrimas?,
As feridas não retratam esta paisagem?,
Nós não fomos cruéis o suficiente?,

E eu apenas percebi o quanto isso dói
Rabiscado em minha parede um rascunho de céu cinza,

Eu observo o quanto o frio suaviza
As guerras em campos de flores raras
Sem ninguém em quem eu possa confiar e contar sobre isso,

Sentimentos distraídos que lapidam as armadilhas
Dentro de palavras silenciosas em branco..

Eu observo as grandes obras,

Nós não fomos cruéis o suficiente?.

Leandro ocsemberg